quarta-feira, 30 de dezembro de 2020

Shows podem ser adiados de novo, diz empresário

Foto: Tania Dalton/Reprodução/Twitter
O empresário do a-ha, Harald Wiik, disse em entrevista ao jornal norueguês VG que os shows programados para 2021 provavelmente serão reagendados. A notícia sai dias após a banda cancelar de novo as sete apresentações no Japão (saiba mais logo abaixo).

“Trinta a quarenta shows foram adiados para 2021. Infelizmente, presumo que teremos que adiar tudo mais uma vez, para 2022. É improvável que grandes shows e festivais estejam ocorrendo até o terceiro ou quarto trimestre de 2021”, disse.

“Gostaria que pudéssemos fazer uma turnê em 2021, mas não acho que isso seja possível. Só na Noruega estima-se que haja 1,3 milhão de pessoas no grupo de risco, que são as primeiras que devem ser vacinadas. Mesmo que a maioria das coisas corra de acordo com o plano, é difícil imaginar um retorno à normalidade até o final do outono. Depois que as vacinas tiverem colocado a situação sob controle, levará algum tempo para que as restrições sejam removidas. Em seguida, os eventos devem ser planejados e realizados. Pode ser desafiador chegar ao início do verão”, completou o empresário.

Ao ser perguntado pelo jornal se será possível fazer uma turnê mundial em grande escala semelhante ao que foi planejado antes da pandemia, Harald Wiik respondeu: “Acho que pode ser possível em 2022, mas mesmo assim é incerto. Estamos planejando fazer uma turnê por toda a América do Sul, além dos EUA, que está enfrentando grandes desafios, e também pode haver novas ondas [de coronavírus] na Europa”, afirmou. 

Foto: Tania Dalton/Reprodução/Twitter

“Estamos, como todos os outros, dependentes da situação para ficar sob controle, e também temos que fazer uma avaliação específica de risco em nome de nossos funcionários e, não menos importante, de nossos públicos”.

Segundo o empresário do a-ha, a equipe da banda trabalha no momento em um filme e em um musical, além do documentário já concluído. Músicas novas também estão sendo escritas pelos integrantes, embora ainda não se saiba como elas serão usadas.

“O a-ha pode lidar com outro adiamento da turnê. Mas é doloroso ver como nossa equipe e músicos de apoio estão sofrendo, que, além de nossos adiamentos, também estão perdendo outras oportunidades de turnê”, concluiu.

JAPÃO - Os shows no Japão, que haviam sido remarcados para o final de janeiro, foram novamente cancelados devido à atual situação da pandemia. Novas datas ainda serão anunciadas. Confira a nota do a-ha:

Devido à situação atual da COVID, as datas da turnê japonesa que foram adiadas para janeiro de 2021 estão sendo remarcadas novamente.

As novas datas ainda não foram confirmadas, porém seus ingressos para as datas originais serão válidos para as novas datas. Caso não possa comparecer às novas datas, haverá a oportunidade de solicitar o reembolso. Compartilharemos todos os detalhes assim que forem confirmados.

Nós sabemos que vocês estão ansiosos por esses shows, e também estamos ansiosos por um momento em que seja seguro estarmos juntos e tocarmos para vocês.

terça-feira, 29 de dezembro de 2020

Para Morten, novo álbum não está descartado

Foto: Angie Redford/Reprodução/Twitter
Após meses sem dar nenhuma notícia, Morten reapareceu recentemente para dar algumas entrevistas em conexão com o lançamento da edição alemã do livro Heimkehr, do jornalista norueguês Ørjan Nilsson. Em um bate-papo com o grupo de mídia Redaktionsnetzwerk Deutschland (RND), da Alemanha, o vocalista falou sobre vários temas, como seu interesse pela música desde criança, sua participação como jurado do The Voice e suas ideias sobre o que pode ser feito para combater as mudanças climáticas. Morten também foi questionado sobre as possibilidades de outro álbum de estúdio do a-ha.

“Pessoalmente, acredito que você ouvirá mais de nossa banda. Mas também pode ser que encerramos [com os álbuns de estúdio]. Ambas as opções são possíveis. Neste ponto, eu só sei que Magne está trabalhando em novas músicas e que eu mesmo estou escrevendo músicas. Tenho certeza que Paul também está fazendo música no momento, mas ele está preso na Califórnia por causa da pandemia e não pode viajar”.

Ao ser perguntado se essas músicas aparecerão em um álbum conjunto, ele respondeu: “No final, pode culminar em algo que faremos juntos. Mas também é possível que as músicas sejam usadas em projetos solo”.

Morten também disse que já ouviu algumas das novas músicas de Mags e que elas são muito boas. “Isso realmente poderia se tornar um material para o a-ha, mas teremos que ver o que acontece. Fizemos algumas turnês nos últimos dois anos, mas não estivemos realmente juntos no estúdio por um tempo. O tempo voa. É impressionante olhar para trás e ver quanto tempo estamos na estrada”, declarou o vocalista.

Em agosto, Mags já havia dado uma entrevista dizendo que estava de volta ao estúdio para ver como era escrever algo para o a-ha depois de algum tempo. “É algo que pode ou não acontecer”, disse na época.

Com informações do site norueguês a-ha live.

domingo, 27 de dezembro de 2020

Clipe de Train of Thought em versão alternativa

Cena até então 'inédita' do vídeo lançado em 1986. Reprodução/YouTube

Uma versão alternativa, e bem interessante, do clipe de Train of Thought foi disponibilizada recentemente no YouTube. O vídeo, obtido a partir de um documentário produzido em 1986 pela TV norueguesa NRK, traz várias cenas 'inéditas' da banda em ação, com tomadas e enquadramentos nunca antes vistos. Diferentemente do clipe lançado oficialmente, esta versão alternativa tem menos efeitos de animação.  

“No momento estou trabalhando em uma versão melhor com uma cópia VHS”, publicou o canal The A-ha Archive, responsável pela postagem.

quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Mags escreve contos para revista norueguesa

Capa da revista de Natal
Mags fez sua estreia como escritor de ficção na edição 2020 da revista de Natal norueguesa Juleroser. O músico apresentou uma coleção de contos inspirados em sua própria canção, So Cold It’s Hard To Think, do álbum White Xmas Lies, lançado em 2019.

As histórias são escritas em norueguês e distribuídas em oito páginas, intercaladas com letras de músicas em inglês e ilustradas por duas xilogravuras. As histórias giram em torno de relacionamentos, experiências de trabalho, John Lennon e a vida durante a pandemia.

Mags foi convidado a contribuir para a revista pela cantora Herborg Kråkevik, responsável por editar a publicação. “Eu ouvi uma música que me impressionou muito, e então li uma entrevista com Magne onde ele falou sobre ela. Ele não a chamou de música anti-Natal, mas que era sobre recuperar o Natal daquilo que se tornou. E a Juleroser pretende ser uma alternativa às coisas superficiais”, disse Herborg ao jornal VG.

Recentemente, Mags e Herborg visitaram o Lysebu Hotel, em Oslo, para promover a revista e também gravar alguns vídeos. Um clipe dos dois cantando Vinterstilla já está disponível no Facebook.

Esta não é a primeira vez que os dois participam de um projeto juntos. Em 1998, Mags e Kjetil Bjerkestrand compuseram a melodia da música Ein Strek - Nokon Fargar, interpretada por Herborg.

A revista Juleroser é publicada pela editora Det Norske Samlaget e já está disponível nas principais lojas da Noruega.

Com informações do site a-ha live.

domingo, 20 de dezembro de 2020

Músicas gravadas por Morten em 98 são divulgadas

Morten ao lado de Mark O’Sullivan em 1998. Divulgação/Arquivo pessoal 

Três músicas cantadas por Morten para um projeto da dupla sueca-irlandesa Boolaboss, em 1998, foram divulgadas pela primeira vez ao público. As canções, intituladas The Secret, My Star e This is a Nothing, foram disponibilizadas por Mark O’Sullivan, um dos integrantes da dupla que tinha também como membro Walter Bäcklin.

De acordo com o site norueguês a-ha live, o primeiro single dos músicos, The Secret, estava planejado para ser lançado em fevereiro de 1999, mas foi cancelado quando Morten precisou mudar o foco para o a-ha e para a gravação do álbum Minor Earth, Major Sky. No final das contas, nenhuma música da colaboração do vocalista com a dupla acabou sendo lançada na época.

As gravações foram redescobertas recentemente durante a produção do livro Hjemkomst, que aborda a carreira solo de Morten de 1993 a 1998. Em fevereiro do ano passado, o vocalista se encontrou novamente com Mark O’Sullivan na cidade de Estocolmo, na Suécia, para discutir a possibilidade de finalmente lançar as músicas.

“Foi uma colaboração realmente empolgante e é uma pena que nada tenha sido lançado. Tenho pensado nisso muitas vezes desde então. O single The Secret foi muito bacana”, declarou Morten no livro.

Em entrevista ao jornal sueco Expressen, em outubro de 1998, Mark O’Sullivan afirmou que Morten é um cantor absolutamente brilhante. “A primeira música que gravamos juntos foi The Secret, que escrevi para o meu irmão. É uma música muito emocionante e imediatamente o Morten entendeu o que eu queria”.

Outras três músicas gravadas pelo vocalista, Giant Steps, Butterfly e Things I, ainda não foram reveladas.

sexta-feira, 18 de dezembro de 2020

Livro sobre carreira de Morten ganha edição alemã

Capa da edição alemã
O livro Hjemkomst, que aborda a carreira solo de Morten entre os anos de 1993 e 1998, agora está disponível também em alemão. A obra, assinada pelo jornalista Ørjan Nilsson, foi originalmente lançada em norueguês no ano passado e chegou a figurar na lista dos mais vendidos.

A nova edição do livro ganhou o título Heimkehr, que tem o mesmo significado do nome original e que em português significa 'Volta para Casa'. O lançamento é pela editora alemã Hannibal Verlag, com tradução de Daniela Stilzebach, que já havia trabalhado com Nilsson no livro Tears From a Stone.

Onde comprar:
Amazon.de | Amazon.co.uk

segunda-feira, 7 de dezembro de 2020

Segundo álbum dos Bridges ganha novo lançamento

Divulgação

O segundo álbum dos Bridges, banda na qual Paul e Mags tocaram antes do surgimento do a-ha, ganhou recentemente um novo lançamento, desta vez mundial. O disco, intitulado Våkenatt (em português, “Vigília”), saiu originalmente em agosto de 2018 em edição limitada (apenas 900 cópias), 38 anos depois de ter sido gravado na Noruega.

Agora, o álbum está sendo disponibilizado não apenas em LP, como também em CD e em formato digital, podendo ser adquirido no site thisisdig.com e também nas plataformas de música. O lançamento é pela Korova Records, selo britânico pertencente à Warner Music.

Com 10 faixas, o Våkenatt traz algumas pérolas, como as primeiras versões de Scoundrel Days (ainda chamada de The Leap) e Soft Rains of April. Outra canção do disco é All The Planes That Come In On The Quiet, também gravada pelo a-ha, mas apenas em versão demo.

Em entrevista ao blog Super Deluxe Edition, em fevereiro de 2018, Paul contou que o álbum acabou não sendo lançado em 1981, como era planejado, porque ele e Mags gastaram todo o dinheiro que tinham na viagem que fizeram para Londres no intuito de alcançarem sucesso.

sábado, 31 de outubro de 2020

East of the Sun, West of the Moon faz 30 anos

Disco mostrou o amadurecimento da banda em estúdio e também nos palcos

O álbum que marcou uma nova guinada na carreira do a-ha acaba de completar 30 anos. Em 27 de outubro de 1990, a banda lançava o seu quarto trabalho de estúdio: East of the Sun, West of the Moon. O disco foi um divisor de águas para o grupo. Representou não apenas o fim da era oitentista e a chegada da década de 90, mas principalmente o amadurecimento do trio, tanto em estúdio como também nos palcos.

“Nós percebemos que os anos 80 estavam ficando para trás, os sintetizadores não eram mais tão excitantes. Começamos a sentir falta de onde iniciamos, (Bridges) onde tocávamos como uma banda de verdade sem ligar para que os outros estavam fazendo”, declarou Paul no livro The Swing of Things (2010).

“Nós reunimos uma banda de apoio formada por músicos noruegueses e gravamos todas as canções em takes únicos e completos. Foi totalmente diferente do que fizemos antes. Se tornou algo mais orgânico. Você pode ouvir essas músicas várias vezes e ainda assim encontrará várias nuances, porque não é uma 'máquina' que está simplesmente 'cuspindo' as notas”, completou o guitarrista.

Apesar de não ter alcançado o mesmo sucesso comercial dos três primeiros álbuns, o East of the Sun, West of the Moon teve êxito em várias partes do mundo. Alcançou o primeiro lugar na Noruega e entrou no Top 20 em diversos países europeus, incluindo Alemanha (6ª posição), Reino Unido (12ª), França (15ª), Suíça (16ª) e Holanda (20ª). Na Ásia também se saiu bem, entrando no Top 20 das paradas do Japão.

O álbum foi produzido por dois britânicos conhecidos pelo talento no mundo da música. “Subitamente apareceu um monte de gente que queria trabalhar conosco. Mas nós escolhemos Ian Stanley, o tecladista que trabalhou com o Tears For Fears, que também havia trabalhado com um monte de gente diferente, incluindo Lloyd Cole & The Commotions. Um músico de verdade que fala a nossa linguagem”, afirmou Paul.

“E para fazer a gravadora feliz, trouxemos um verdadeiro 'Hit Maker' a bordo, Chris Neil. Dividimos o álbum entre esses dois. Gravamos ele no estúdio Abbey Road e no Air Studio de George Martin”, disse o guitarrista.

Também no livro The Swing of Things, Mags falou sobre o sentimento da banda à época do lançamento do East of the Sun, West of the Moon. “A forma como eu me lembro desse álbum era de que eu e o Paul estávamos totalmente de acordo sobre a direção a seguir, enquanto Morten ficava contemplativo, observando nossa viagem”.

“Nós realmente decidimos que queríamos ser levados a sério e como sempre, não foi uma boa ideia. Mas o disco é bom, cheio de pérolas escondidas”, completou o tecladista.

Capa do single de Crying in the Rain

Morten, de fato, não estava na mesma vibe de Paul e Mags. “Essa foi a primeira gravação que realmente sofreu com o complexo de inferioridade da banda”, afirmou o vocalista no mesmo livro. “Nós achávamos que devíamos fazer um grande esforço para soarmos 'cool', trazendo pra fora outras facetas, mas eu não funciono dessa forma”, contou Morten.

“Eu tenho que cantar naturalmente a canção que me é apresentada. Se acontecer, aconteceu. Era uma viagem de Paul e Magne. Eu senti instintivamente que estava tudo errado, mas eu tentei seguir junto. Eu posso ter cometido algum erro. O que deveríamos ter feito era esperar as coisas acontecerem naturalmente”, declarou o vocalista.

Ao contrário dos álbuns anteriores, o East of the Sun, West of the Moon contou com apenas três singles: Crying in the Rain, I Call Your Name e Early Morning

Foi a primeira vez na carreira que o a-ha regravou uma canção. “Houve conversas e discussões sobre se o a-ha deveria fazer uma versão cover do antigo sucesso dos Everly Brothers, Crying in the Rain”, recorda o baixista norueguês Jørun Bøgeberg em depoimento publicado em seu site. Ele tocou com o a-ha de 1990 a 1994.

“Terry Slater, o empresário, era um bom e velho amigo dos Everly, e não tenho certeza se foi ideia dele, mas os rapazes do a-ha sentiram que poderia ser uma coisa divertida (e talvez inteligente) de se fazer depois de um tempo de reconsideração”, completou o baixista, que também tocou com Morten na banda Souldier Blue, no início dos anos 80.

Segundo Jørun, até mesmo o renomado produtor britânico Trevor Horn chegou a participar das discussões sobre a regravação de Crying in the Rain. Ele seria uma espécie de “produtor alternativo” da canção. No entanto, não houve consenso sobre como a música deveria soar. “Parecia que Horn queria torná-la um tipo de faixa dance hipercomercial. Isso não agradaria aos garotos teimosos do a-ha. Eles nem tinham certeza se era uma boa ideia fazer a música”, afirmou o baixista.

“No álbum havia dois produtores, que trabalharam separadamente. Nós nos dávamos melhor com Chris Neal, simplesmente porque ele nos deixava tocar. O outro cara era Ian Stanley, trancado em suas máquinas”, declarou Jørun Bøgeberg.

Capa do single de I Call Your Name

Quando o álbum estava prestes a ser lançado, as coisas começaram a ficar agitadas, conta o músico. “Em algum momento os meninos perguntaram a Per (o baterista) e a mim quem achamos que deveria ser o saxofonista da banda, já que a música I Call Your Name tinha obtido uma importante parte de sax. Per e eu olhamos um para o outro e o mesmo pensamento surgiu em nossas mentes. Devia ser Sigurd, claro, sr. Køhn, com quem nós dois trabalhamos”, recorda.

De acordo com o baixista, aqueles que pensam que o a-ha nunca poderia ser uma banda de rock, este é o período que exatamente isso aconteceu. Para ele, foi muito divertido e construtivo trabalhar com pessoas que aparentemente sabiam o que procuravam na música. “Fiz o meu melhor para fazer o que estava mais próximo das demandas, e o fiz com um pequeno toque pessoal”, afirmou.

“Os três rapazes eram indivíduos muito diferentes, mas me parecia que eles eram capazes de encontrar sua solução comum para as coisas, como uma unidade forte, o melhor de todos os três”, destacou Jørun.

Para Paul, o East of the Sun, West of the Moon contém várias canções ambiciosas, como a própria faixa-título e também Slender Frame, Early Morning e I Call Your Name. “É um álbum com um tom consistente, uma identidade. Vendeu cerca de três milhões de cópias, cerca de meio milhão a menos que o anterior, o que foi algo negativo. Foi muito frustrante pra mim”, lamentou o guitarrista.

"Crying in The Rain é cheio de romance americano, como o restante do disco”, destacou Mags. “Early Morning soa como uma velha canção do The Doors. East of The Sun é uma boa faixa. Sycamore Leaves tem uma atitude mais Rock n' Roll com a costumeira 'Qualidade Waaktaar' na letra e melodia. Ela soa como a continuação de I've Been Losing You”, completou o tecladista.

Foi justamente com esse álbum que Mags pela primeira vez fez questão de cantar, algo que até então ele só havia feito em gravações demo (e mesmo assim dividindo os vocais com Morten). “The Way We Talk foi a minha primeira rebelião. Eu queria cantar! Eu acho que estava bem bravo quando eu disse que deveria ter um lugar em um álbum do a-ha para fazer experiências com a velha fórmula”, contou o tecladista.

No livro, Mags também falou da interferência de Paul em suas composições. “Waiting for Her é uma pérola esquecida que eu gosto muito. A letra dela foi esmagada como de costume. Eu tentei pôr o meu toque na letra, mas Paul mudou os versos e eu desisti”, queixou-se.

Em um recente artigo publicado na revista norueguesa Jazznytt, o jornalista Ørjan Nilsson falou sobre a canção (Seemingly) Nonstop July, mais especificamente sobre o trecho em que há a voz de um homem discursando no final da música. Para saber mais sobre ele, Ørjan ligou para Paul em Los Angeles.

Capa do single de Early Morning

“Lembro-me bem daquele dia”, afirmou o guitarrista do a-ha. “A música foi gravada na Prince Street, no Soho, no meio de uma onda de calor. Eu estava no quinto andar com a janela ligeiramente aberta, quando ouvi um cara começando a gritar profecias do juízo final nas ruas”, recorda Paul, que se apressou e apontou o microfone para fora da janela.

“O cara tinha um ótimo timing, já que eu não precisei editar a gravação ou mover as partes depois. Uma maravilha. Ele continuou por vários minutos após o fim da música, com a mesma intensidade, mas a voz foi ficando cada vez mais distante à medida que ele desaparecia na rua”, contou o guitarrista a Ørjan Nilsson.

No trecho do discurso, o homem desconhecido diz:

You will understand me
Endless pain or endless pleasure
Endless pain or endless pleasure
Some of you have to show me…
Some of you have to show me…

Endless pain
If some of you have children…
Endless pain

You´d better wisen up

Para marcar os 30 anos do East of the Sun, West of the Moon, a gravadora Rhino Records, subsidiária da Warner Music, acaba de relançar o álbum em LP. A edição limitada, em vinil roxo 180g, pode ser adquirida no site da Amazon. Esta é a primeira vez que o disco sai neste formato desde o lançamento original do LP em 1990.

Para os fãs que curtem faixas demo, B-sides e early versions, vale a pena conferir a edição de luxo do álbum lançada em outubro de 2015, no aniversário de 25 anos. O material inclui, além do disco original remasterizado, um CD extra com várias versões raras e um DVD do show Live in South America.

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

Rock in Rio Lisboa confirma o a-ha na edição 2021

Divulgação

O Rock in Rio Lisboa, que teve a edição desse ano cancelada devido à pandemia, confirmou que o a-ha está mantido na programação de 2021. O show será realizado no Palco Mundo no penúltimo dia do festival: 26 de junho. Os ingressos para a apresentação da banda já estão à venda.

Saiba mais:
Turnê nos EUA é transferida para maio de 2021
Shows na América do Sul ficam para agosto de 2021
Turnê europeia é remarcada para abril e maio
Shows no Japão são remarcados para janeiro

domingo, 25 de outubro de 2020

Diario de Pernambuco relembra 1º show do a-ha no Recife: “Marcou uma geração de nordestinos”

O jornal Diario de Pernambuco publicou recentemente uma série de reportagens sobre shows que marcaram época no Estado. A histórica primeira apresentação do a-ha no Recife, em 1991, foi lembrada pelo jornal. “O show da banda norueguesa no Geraldão causou tanto alvoroço que merece capítulo à parte no especial dos antigos shows internacionais em Pernambuco”, registrou.

Intitulada “A histeria pelo a-ha”, a matéria narra que a chegada do grupo ao Recife ocorreu sob forte esquema de segurança. “Três rapazes saem de um avião no Aeroporto dos Guararapes e entram em um carro-forte de transporte de valores. Parece cena de filme de ação, mas foi a chegada dos noruegueses”, publicou o Diario.

“O show da banda a-ha no Recife, em 2 de junho de 1991, marcou uma geração de pernambucanos e nordestinos, como uma materialização sonora do fim do século 20”, escreveu o jornalista Emanuel Bento.

Um dos entrevistados da matéria foi Paulo Roberto Rodrigues, o Paulão, que integrava a equipe de segurança do produtor José Carlos Mendonça, o Pinga. “Fomos buscar eles no aeroporto e usamos um carro forte da Liserve Vigilância, que era um dos patrocinadores do evento. Eles chegaram no Geraldão pela tarde para testar o som”, recordou.

Confira a reportagem completa no site do Diario de Pernambuco.

sábado, 17 de outubro de 2020

a-ha é novamente premiado no BMI London Awards

Reprodução

A BMI, organização internacional que representa compositores de todo o mundo, divulgou este mês a lista de vencedores do BMI London Awards 2020. O a-ha novamente foi premiado na categoria Million-Air Awards, que reconhece quando uma música atinge marcos significativos nas rádios americanas. Nesse caso, Take on Me, que já foi tocada mais de 7 milhões de vezes nas emissoras dos EUA desde o lançamento em 1985.

Devido à pandemia, a cerimônia de premiação deste ano foi toda virtual. A lista completa dos vencedores está disponível no site da BMI.

Em 2007, o a-ha recebeu o mesmo prêmio quando Take on Me alcançou 3 milhões de execuções. Seis anos depois, a banda foi novamente premiada, desta vez quando a canção atingiu 4 milhões de execuções.

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

Manhattan Skyline ganha cover em ritmo de metal

Foto: Divulgação

O guitarrista, tecladista e compositor norueguês Ihsahn, considerado um dos pioneiros do metal progressivo no país nórdico, regravou um dos maiores clássicos do a-ha: Manhattan Skyline. A faixa, que faz parte do compacto Pharos, lançado pela gravadora britânica Candlelight Records, conta com os vocais de Einar Solberg, da banda norueguesa Leprous.

“Ihsahn produziu um tributo delicado, mas fiel ao original, combinando um verso suave, como uma balada, que explode em um refrão de rock bombástico com toda a grandeza melodramática do original”, escreveu o site Blabbermouth.net, especializado em notícias de heavy metal.

A nova versão é acompanhada de um videoclipe, gravado ao pôr do sol em Gaustatoppen, considerada a montanha mais alta da Noruega.

Essa não é a primeira vez que uma canção do a-ha ganha versão metal. Em 2016, o Sin Rostro Centurión, nome do projeto musical do artista venezuelano ReyCast, regravou I've Been Losing You. Em 2008, foi a vez dos finlandeses da Northern Kings lançar Take on Me. No mesmo ano, o grupo alemão Atrocity fez um cover de The Sun Always Shines on TV

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Mags: “Estou de volta ao estúdio para ver como é escrever algo para o a-ha. Pode ou não acontecer”

Reprodução/YouTube

Em uma recente entrevista ao canal online viking.tv, Mags falou sobre o cancelamento dos shows do a-ha em 2020, devido à pandemia do novo Coronavírus, e também comentou outros temas, como a gravação de material novo para a banda e a realização de projetos paralelos.

“Acho que cancelamos 60 shows esse ano, devido à situação da Covid. Seria uma grande turnê mundial com shows esgotados em Los Angeles. Estávamos na Ásia na época, em turnê, quando o lockdown aconteceu. Você sabe, todos são afetados por isso de formas diferentes. Temos a sorte de adiar nossos shows sempre que a situação permitir”, afirmou o tecladista em um bate-papo com o fotógrafo britânico Alastair Miller.

Sobre a criação de material novo para o a-ha, Mags surpreendeu ao declarar: “Curiosamente, atualmente estou de volta ao estúdio para ver como é escrever algo para o a-ha. Eu não prenderia minha respiração por isso, mas é algo que pode ou não acontecer”. Em novembro do ano passado, Mags afirmou, em entrevista ao site da revista americana Billboard, que o a-ha já havia gravado canções novas o suficiente.

Ainda na entrevista, o músico também falou sobre os projetos paralelos que desenvolve. “Os planos mudaram, como falamos anteriormente. Este é um momento único, que é um momento de reflexão de muitas maneiras, se você estiver em posição de fazê-lo. Então, para mim, foi um período bastante fértil. Estou fazendo projetos musicais, [embora] alguns deles - shows e outras coisas - tiveram que ser cancelados”.

Como artista visual, Mags também está fazendo a curadoria de uma exposição a bordo de um navio. O projeto se chama REV Ocean. “É um enorme navio de pesquisa onde 60 cientistas se concentrarão em oceanografia. Há artistas envolvidos, há arte a bordo. Eu trabalhei com uma senhora que trabalhava para mim, estamos fazendo a curadoria da arte a bordo e estamos usando jovens artistas noruegueses”, contou.

“Portanto, há muita coisa acontecendo, em ambas as frentes, que são muito empolgantes neste momento. Fora isso, vou para meu estúdio de pintura e meu estúdio de gravação e tento fazer algo bonito”, disse.

Com informações do site norueguês a-ha live

segunda-feira, 31 de agosto de 2020

Banda brasileira grava versão rock de Take on Me

Foto: Divulgação

O Trio MCL, de Bauru (SP), lançou recentemente uma versão rock de Take on Me. A releitura do clássico do a-ha fez parte de um projeto da banda brasileira intitulado "Quarentena Sessions". Confira o vídeo.

Formado há quatro anos por Mauricio Daniel (guitarra, violão e voz), Luís Felipe "Chacrinha" Fabrício (baixo) e Marcus Liborio (bateria), o grupo gravou a faixa no Mister Rec Vintage Studios, na cidade paulista.

Em entrevista ao site do Jornal da Cidade, o baixista da banda falou sobre o arranjo da nova versão. “Eu usei um efeito no baixo para simular os synths e a guitarra fez a linha melódica, a parte mais conhecida da música, que originalmente acontece nos teclados”.

quarta-feira, 19 de agosto de 2020

Turnê nos EUA é transferida para maio de 2021

Foto: Frances Keogh/Twitter/Reprodução

Os três shows do a-ha em Los Angeles, nos EUA, que ocorreriam agora em setembro, foram transferidos para os dias 23, 24 e 25 de maio de 2021. Os ingressos originais continuam valendo para as novas datas. 

Saiba mais:
Shows na América do Sul ficam para agosto de 2021
Turnê europeia é remarcada para abril e maio
Shows no Japão são remarcados para janeiro
Turnê brasileira ficará para 2021, diz jornalista
Coronavírus: Rock in Rio Lisboa é adiado para 2021

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

a-ha - The Movie ganha nova data de estreia

Reprodução

O documentário a-ha - The Movie, cuja estreia mundial estava marcada para o dia 26 de novembro deste ano, também teve a data alterada em virtude da pandemia. A produção será agora lançada em 22 de abril de 2021, mesmo dia do primeiro show do a-ha em Oslo, na Noruega. Os ingressos comprados para a exibição original ainda continuam válidos.

Em fevereiro deste ano, a revista americana Variety publicou uma matéria informando que estão sendo negociados acordos para a exibição do documentário em cinemas pelo mundo, incluindo países como Coreia do Sul, Itália, Israel e Islândia. De acordo com a publicação, a estreia do documentário será acompanhada por um evento, que será transmitido ao vivo pela internet, com cenas nunca antes vistas de clipes do a-ha.

Ao que tudo indica, o documentário terá duas versões: a original de 90 minutos, para exibição nos cinemas, e outra reduzida de 52, para TV.

Saiba mais:

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Shows na América do Sul ficam para agosto de 2021

Foto: Sarah O/Twitter/Reprodução

Texto atualizado em 06/08/2020

O a-ha finalmente confirmou a remarcação da turnê sul-americana. Os shows no Brasil, Argentina, Chile e Peru serão agora realizados em agosto de 2021. A apresentação no México também foi reagendada para o mesmo mês. No Brasil, as novas datas são: dia 14 em Salvador, dia 18 em Belo Horizonte, dia 19 no Rio de Janeiro, dia 21 em São Paulo e dia 24 em Curitiba. A venda de ingressos deve ser iniciada em breve.

Com a divulgação das novas datas, foi possível observar que o a-ha alterou a ordem de realização dos shows. O Peru, que antes abriria a turnê sul-americana, agora será o último país do continente a receber a banda. Já o México, que até então seria o penúltimo país das Américas a ser contemplado com a turnê, agora será o primeiro da lista de shows.

Com essas mudanças, a ordem das apresentações no Brasil também foi, consequentemente, alterada. A capital baiana Salvador, que antes seria a última cidade brasileira a receber o a-ha, agora será a primeira. Já Curitiba (PR), que antes abriria a turnê no país, agora será a última.

“Seremos o único local do Norte e Nordeste a receber a turnê. Com isso, Salvador e a Bahia se consolidam como destino dessas atrações e se inserem definitivamente na rota do show business mundial”, afirmou Alexandre Gonzaga, diretor de Marketing da Arena Fonte Nova.

Novas datas da turnê sul-americana e do show no México

11 de agosto de 2021 - Cidade do México, México
14 de agosto de 2021 - Salvador, Brasil
18 de agosto de 2021 - Belo Horizonte, Brasil
19 de agosto de 2021 - Rio de Janeiro, Brasil
21 de agosto de 2021 - São Paulo, Brasil
24 de agosto de 2021 - Curitiba, Brasil
27 de agosto de 2021 - Buenos Aires, Argentina
29 de agosto de 2021 - Santiago, Chile
31 de agosto de 2021 - Lima, Peru

Saiba mais:

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Familiares e amigos dão adeus a Rodrigo Rodrigues

Reprodução/Instagram

Faleceu na manhã dessa terça-feira (28), em um hospital do Rio de Janeiro, o escritor e jornalista Rodrigo Rodrigues, 45 anos. Ele estava internado desde sábado (25), com diagnóstico positivo para a Covid-19, após dar entrada na emergência com sintomas relacionados à doença.

Rodrigo Rodrigues é o autor do prefácio da edição nacional de My Take on Me, a autobiografia de Morten lançada no Brasil em 2017 pela Faro Editorial. Por também ser músico e autor da própria editora, ele recebeu o convite para fazer a apresentação da obra (texto abaixo).

No Reino da Noruega, Morten Harket é considerado o maior artista da história do país escandinavo. E o A-ha, claro, a maior banda. Também, pudera: em 30 anos de carreira, o trio de pop-rock vendeu mais de 80 milhões de discos no mundo todo, boa parte em lojas brasileiras.

Quando o cantor pisou pela primeira vez no Brasil, em 1989, a banda já havia emplacado hits como Take on Me, Hunting High and Low e You Are The One, além de ter no currículo uma trilha de 007: The Living Daylights. Em 1991, tocou no Maracanã para 200 mil pessoas na segunda edição Rock in Rio e entrou para o Guinness Book. "O som quente que veio do frio", foi como descreveu a imprensa nacional na época. Eles haviam conquistado de vez o país tropical.

Neste livro você vai saber como um garoto de subúrbio, que sofria bullying na escola, virou o frontman do grupo que fez sucesso mundial com o synthpop romântico e marcou a cena musical da década de 1980, ao lado de Duran Duran, Pet Shop Boys e Wham! O jovem que era conhecido por sonhar acordado na Noruega mudou para a Inglaterra e virou realidade: Morten Harket, umas das vozes mais respeitadas e invejadas do meio artístico, revela aqui mais que sua arte. Stay On These Roads, we shall meet.

Em maio de 2017, o a-ha Notícias conversou com Rodrigo para saber um pouco mais da relação dele com o trio norueguês. Na entrevista, ele contou que começou a ouvir o som do grupo em meados dos anos 80 e que virou fã quando ganhou de presente uma coletânea em 1988. “Um amigo gravou pra mim uma fita K7 com as melhores músicas da banda até então. Literalmente, gastei de tanto ouvir”, disse o jornalista.

Na mesma entrevista, Rodrigo revelou nunca ter ido a um show do a-ha. “Não vi os caras ao vivo. Fui em dois dias no Rock in Rio de 1991, 20 e 23 de janeiro, mas o a-ha só tocou no dia 26”, recordou. Em seu blog, em um post intitulado A TDK do a-ha, ele também comentou sobre a ausência nas turnês do grupo. “Em 89 a banda veio ao Brasil, acabei não indo ao show. Em 91, fez uma das apresentações mais comentadas do Rock in Rio 2, mas eu já metido a guitarrista só queria saber do Guns”.

A fita com as melhores do a-ha que Rodrigo ganhou em 1988

O álbum favorito de Rodrigo era o Stay on These Roads, justamente o disco que abria a fita k7 que ele ganhou de presente em 88. “You Are the One me pegou de jeito. Eu estava aprendendo violão na época e tocava essa sem parar”, afirmou. “Aquela TDK A-60 era uma paulada”.

“Quando vi nas livrarias o DVD The Final Concert lembrei na hora da minha fita cassete, a tracking list era praticamente a mesma! Assisti no mesmo dia de cabo a rabo e lamentei nunca ter visto a banda ao vivo; como o som era legal, como o Morten Harket cantava bem. E os outros caras, Paul e Magne, ao contrário do que a gente achava nos anos 80, tocavam de verdade”, registrou o escritor e jornalista em seu blog.

Ao ser perguntado sobre a sua canção do a-ha favorita, ele respondeu: “Difícil escolher uma música de uma banda com tantos hits. Alguns discos até parecem coletâneas. Gosto muito de The Living Daylights (...), mas acho que a minha preferida mesmo é Take on Me. A primeira a gente nunca esquece. Não por acaso dá título ao livro, né?”.

Como músico, Rodrigo era guitarrista da banda The Soundtrackers, dedicada a tocar apenas trilhas sonoras do cinema. Uma das faixas do repertório era justamente The Living Daylights. Na época em que My Take on Me foi lançado no Brasil, a banda de Rodrigo gravou, a pedido da Faro Editorial, um clipe ao vivo para promover a obra. A faixa também foi disponibilizada em plataformas como iTunes e Spotify.

Ainda em seu blog, Rodrigo Rodrigues explicou como surgiu o convite para escrever o prefácio de My Take on Me. “Num almoço pra falar sobre PARIS PARIS e os próximos livros, meu editor disse que a Faro Editorial estava trazendo a biografia do cantor do a-ha para o Brasil e perguntou se eu gostaria de escrever a apresentação do livro. Topei na hora (...) Mais uma vez lembrei do K7, revi o DVD e o download do texto foi quase imediato, saiu numa tacada só”, registrou o jornalista.

Sobre o livro, Rodrigo declarou: “My Take On Me. O título é ótimo e a edição tá caprichadíssima, com capa dura, poster encartado e álbum de fotos no miolo”. E finalizou: “Meu texto tá lá na chamada quarta capa, com um destaque que eu não merecia. Mas agora me sinto menos mal em ter subestimado os caras, de certa forma retribuí os momentos bacanas que a coletânea do Leopoldo me proporcionou”, escreveu.

O a-ha Notícias lamenta profundamente o falecimento de Rodrigo Rodrigues e se solidariza com os seus familiares, amigos e colegas de profissão neste momento de luto e dor. Que ele descanse em paz.

segunda-feira, 27 de julho de 2020

Turnê europeia é remarcada para abril e maio

Foto: Sarah O/Twitter/Reprodução

O a-ha anunciou nesta segunda-feira (27) as novas datas da turnê europeia. Devido à pandemia do novo coronavírus, os 18 shows no continente, agendados inicialmente para outubro e novembro deste ano, foram agora remarcados para os meses de abril e maio de 2021.

Novas datas da turnê europeia

16 de abril de 2021 - Gothenburg, Suécia
17 de abril de 2021 - Copenhagen, Dinamarca
19 de abril de 2021 - Praga, República Tcheca
21 de abril de 2021 - Bruxelas, Bélgica
23 de abril de 2021 - Oslo, Noruega
24 de abril de 2021 - Oslo, Noruega
26 de abril de 2021 - Stavanger, Noruega
29 de abril de 2021 - Leipzig, Alemanha
30 de abril de 2021 - Frankfurt, Alemanha

02 de maio de 2021 - Berlim, Alemanha
03 de maio de 2021 - Hamburgo, Alemanha
05 de maio de 2021 - Amsterdã, Holanda
06 de maio de 2021 - Colônia, Alemanha
09 de maio de 2021 - Paris, França
11 de maio de 2021 - Bournemouth, Reino Unido
12 de maio de 2021 - Liverpool, Reino Unido
14 de maio de 2021 - Londres, Reino Unido
15 de maio de 2021 - Birmingham, Reino Unido

Saiba mais:

terça-feira, 21 de julho de 2020

Shows no Japão são remarcados para janeiro

Foto: Angie Redford/Twitter/Reprodução

Texto atualizado em 06/08/2020

Os shows do a-ha no Japão, suspensos em março devido à pandemia do novo coronavírus, foram remarcados pela banda para o início do ano que vem. As apresentações agora serão realizadas em janeiro de 2021. O grupo aproveitou a mudança de datas para incluir mais dois shows no país asiático: um em Shizuoka, no dia 23, e outro em Tóquio, no dia 30.

Novas datas da turnê japonesa

20 de janeiro de 2021 - Fukuoka
22 de janeiro de 2021 - Osaka
23 de janeiro de 2021 - Shizuoka
25 de janeiro de 2021 - Tóquio
26 de janeiro de 2021 - Tóquio
28 de janeiro de 2021 - Aichi
30 de janeiro de 2021 - Tóquio

Saiba mais:

quarta-feira, 15 de julho de 2020

Livro a-ha: Down to the Tracks agora em digital

Divulgação/This Day in Music Books

O livro a-ha: Down to the Tracks, do escritor e crítico musical Barry Page, já está disponível em todos os formatos digitais. A obra, lançada no último mês de abril, agora pode ser adquirida facilmente, inclusive pelos fãs brasileiros, em plataformas como Amazon e Apple Books

Até o momento, o livro está disponível apenas em inglês. Ainda não há previsão para o lançamento em outros idiomas. Segundo o autor Barry Page, isso só deve acontecer se houver realmente alguma demanda.

Na Amazon, a edição para tablets e celulares de a-ha: Down to the Tracks custa R$ 29,99, enquanto na Apple o preço sobe para R$ 57,90.

Já os brasileiros que quiserem adquirir a versão física da obra terão que desembolsar um pouco mais. A edição importada, que será vendida no país pela Amazon a partir da segunda quinzena de setembro, custa R$ 246, pouco menos que os R$ 258 pela editora This Day in Music Books.

Lembrando que a edição limitada do livro, que acompanhava um single em vinil com a canção inédita Miss Eerie, dos Bridges, já está esgotada.

Em sua edição de julho/agosto, a revista britânica Classic Pop deu à obra de Barry Page uma cotação de quatro estrelas. “Um tributo bem pesquisado e muito bem executado”, escreveu o crítico Mark Lindores.

Saiba mais:

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Mags lança single e videoclipe de Troubled Times

Capa do single

Já está disponível nas principais plataformas de streaming o novo single de Mags, Troubled Times. A faixa é um cover da canção do grupo americano Fountains of Wayne e uma homenagem ao músico Adam Schlesinger, que faleceu recentemente vítima do novo coronavírus.

“Fountains Of Wayne é uma banda que eu costumava ouvir muito e que me inspirou como compositor. (…) Quando isso aconteceu, voltei e ouvi novamente muitas dessas músicas. Troubled Times é uma música linda que, de certa forma, descreve a situação em que todos nós nos encontramos”, afirmou o tecladista em entrevista à rádio NRK P1.

Além do single, Mags também lançou um clipe colaborativo, criado com imagens enviadas por fãs de todo o mundo. “Um grande obrigado a todos que contribuíram com algo da sua experiência nesses 'tempos difíceis'. Minhas desculpas aos muitos cuja contribuição não entrou na edição final, mas cada um de vocês tornou esse projeto possível. Fiquem seguros aí”, declarou o tecladista em postagem no Instagram.

Saiba mais:

segunda-feira, 29 de junho de 2020

Turnê brasileira ficará para 2021, diz jornalista

Foto: Ros Walsh/Twitter/Reprodução

Em vídeo publicado nesta segunda-feira (29) em seu canal no YouTube, o jornalista José Norberto Flesch, conhecido por divulgar informações de shows em primeira mão, afirmou que a turnê brasileira do a-ha ficará para o primeiro semestre de 2021. “Está tudo em pé. O a-ha vem. Só essa data que precisa ajeitar ali no primeiro semestre”, disse Flesch.

Até o momento, a banda ainda não se pronunciou sobre o andamento da turnê, paralisada há quase quatro meses devido à pandemia do novo coronavírus. A última apresentação foi realizada no dia 7 de março na Nova Zelândia. De lá para cá, fãs de todo o mundo ainda aguardam um posicionamento do grupo. No site oficial do trio, ainda aparecem as mesmas datas da turnê mundial (de 1º de setembro a 28 de novembro).

sábado, 27 de junho de 2020

Álbum Hunting High and Low completa 35 anos

Disco apresentou o a-ha ao mundo e levou a banda ao topo das paradas

Neste mês de junho, o álbum Hunting High and Low completa 35 anos de lançamento. O disco de estreia do a-ha foi um marco na carreira da banda. Não apenas apresentou o trio norueguês ao mundo, como também levou o grupo ao topo das paradas e, claro, ao estrelato. Tornou o a-ha um verdadeiro fenômeno da música pop mundial. “É um disco de uma banda que queria tudo - de uma só vez”, declarou Mags.

O Hunting High and Low foi lançado primeiramente nos EUA e na Noruega em junho de 1985. Somente no final de outubro daquele ano, quase cinco meses depois, é que ele chegou a outros países, incluindo o Reino Unido. Vendeu mais de 10 milhões de cópias e tornou-se um enorme sucesso comercial, alcançando altas posições nas paradas mundiais. Foi primeiro lugar na Noruega, segundo no Reino Unido, sétimo na França e 15º nos EUA. Um êxito absoluto.

O álbum gerou cinco singles: Take on Me, Love is Reason, The Sun Always Shines on TV, Train of Thought e Hunting High and Low. Desses, três foram primeiro lugar em um ou mais países. Take on Me, por exemplo, liderou as paradas em 36 territórios, incluindo os EUA, tornando o a-ha a primeira banda norueguesa a alcançar o topo da Billboard. Já The Sun Always Shines on TV foi número 1 no Reino Unido e na Irlanda, enquanto Train of Thought liderou as paradas da Noruega.

Em sua autobiografia My Take on Me (2017), Morten conta que o álbum começou a tomar forma em 1984. Foi quando ele, Paul e Mags começaram a estabelecer as faixas do que seria o disco de estreia da banda. “A gravação ocorreu no Eel Pie Studios, em Twickenham, na zona sudoeste de Londres. Foi um belo progresso sobre o que tínhamos produzido até aquele momento”, afirmou o vocalista.

“O estúdio pertencia a Pete Townshend, lenda musical como guitarrista e compositor do The Who, uma das grandes bandas de rock britânicas. Pete ficava no andar superior, cuidando de suas coisas e, então, descia para nos cumprimentar e ver como estávamos progredindo. Um cara realmente legal”, recordou Morten.

O Hunting High and Low foi produzido por Tony Mansfield, John Ratcliff e Alan Tarney. No livro The Swing of Things (2010), Paul conta que Mansfield não quis ouvir as demos da banda de forma alguma. “Ele apenas queria fazer as coisas do seu jeito. Nós pensamos que tínhamos que ser abertos a novas ideias, mas nos arrependemos quando ouvimos o resultado. Nós nos envolvemos muito no álbum também, mas o princípio base dele era de que tudo tinha que passar pelo crivo do produtor”.

Single de Take on Me, primeiro lugar em 36 países e um dos mais vendidos da história 

“Nós conseguimos mudar uma coisa ou outra. A primeira versão de Take on Me era terrível. Parecia que um robô estava tocando. E as baladas que escrevemos soavam muito frias, sem emoção”, contou Paul.

A própria esposa do guitarrista, Lauren Savoy, confirmou no mesmo livro que as primeiras versões do a-ha eram muito melhores do que as de Tony Mansfield. “As demos originais eram inacreditáveis. Living a Boy's Adventure Tale, The Swing of Things [que só entrou no segundo álbum]... Todas elas acabaram baseadas em sintetizadores, mas antes eram mais orgânicas e belas”, afirmou.

“Lauren ouviu as demos e ficou emocionada, então quando ela foi ouvir as fitas masters vindas do Mansfield, ela apenas disse 'uh-oh'... Eu estava tão empolgado que eu não consegui entender a reação dela... Ela era a única com gosto apurado naquela época”, disse Paul.

Para Morten, os produtores têm seu estilo próprio e tendem a imprimir sua personalidade na música, e Tony Mansfield não era exceção. “Ele gostava de música pop eletrônica complexa e essa tendência não estava expondo as diferentes facetas do a-ha, ou ao menos nossa concepção a respeito do a-ha. Com o avanço das sessões de gravação, foi ficando cada vez mais claro que tínhamos uma diferença de opinião em relação a que rumo seguir”.

Segundo o vocalista, Tony Mansfield logo soube que o a-ha não era uma banda que ficava sentada de braços cruzados no estúdio. “Talvez por nossa verve de nunca ficarmos plenamente satisfeitos com nosso material, o estúdio não era um lugar aonde chegávamos e fazíamos apenas o que era pedido. Paul e Magne tinham muitas ideias e eu não ficava atrás, apesar de ter um papel um tanto diferente a desempenhar”, declarou Morten.

“Desse modo, o resultado final não foi nem a visão pura de Tony sobre como ele achava que as canções deviam soar, nem o reflexo integral de nossas próprias ideias. Acabou sendo um pouco dos dois pontos ou muito de nenhum dos dois. Um monte de ideias empilhadas e, como resultado, uma confusão. Isso nem sempre ficava imediatamente óbvio quando se ouvia: algumas canções ainda se destacavam; em outras, o foco estava no arranjo”, contou o vocalista.

Single de Love is Reason, lançado apenas na Noruega e nas Filipinas

Ainda segundo Morten, muitas das canções que acabaram no álbum possuem a marca do produtor. “Train of Thought, que se tornou nosso terceiro single, é um bom exemplo daquele som característico do Fairlight (sintetizador utilizado na gravação do disco, considerado o mais avançado da época). Here I Stand and Face the Rain é outra canção que apresenta o toque de Tony”.  

Por mais que o trabalho do produtor tenha contribuído para grande parte da sonoridade do Hunting High and Low, foi o toque de Alan Tarney, segundo Morten, que elevou os singles a outro patamar. “Alan fez sua versão de Train of Thought e, depois, também utilizou seu talento singular em Hunting High and Low”.

Foi também Alan Tarney quem produziu a versão definitiva de Take on Me, aquela que é considerada a melhor, presente no álbum e no videoclipe. Ele foi contratado pela Warner para refinar a música, já que as versões anteriores produzidas por Tony Mansfield não haviam emplacado. “Próximo ao fim das gravações, entramos em contato com o Alan Tarney. Ele trabalhou com Take on Me. Ele ouviu a demo e disse: 'Perfeito! Vamos tentar deixá-la próxima a demo'”, recordou Paul.

Outra joia entregue por Alan Tarney foi The Sun Always Shines on TV, considerada por Mags a canção mais bem produzida do álbum. “A programação de bateria feita pelo Paul nessa faixa ainda não foi superada”, contou o tecladista. A música foi a última gravada para o Hunting High and Low e a primeira que o a-ha fez com Alan Tarney do começo ao fim. Por pouco, ela não ficou de fora do disco.

“Tivemos de insistir com a gravadora para incluí-la no álbum. Paul propôs a canção já ao final do processo e tivemos de batalhar para incluí-la no Hunting High and Low. No entanto, assim que a canção ficou pronta e o pessoal da gravadora a ouviu, as discussões quanto a ser incluída ou não acabaram”, disse Morten.

Paul também recorda do processo. “A secretária de Andy Wickham (ex-vice-presidente de Artistas e Repertório da Warner) sentiu que a canção seria um hit e o convenceu a alugar o estúdio só para gravá-la”, relembrou o guitarrista.

Segundo Morten, The Sun Always Shines on TV é outra canção característica do a-ha, de um jeito completamente diferente de Take on Me. “Essa última é mais uma canção de leveza e recuperação, ao passo que The Sun Always Shines on TV é pesada e intensa. Houve muito trabalho de estúdio para levá-la a um ponto em que ficássemos satisfeitos”, afirmou.

Single de The Sun Always Shines on TV, primeiro lugar no Reino Unido e na Irlanda

“Há muita coisa acontecendo nessa canção. Lembro-me de quando Paul a tocou pela primeira vez, apenas com seu violão. Era muito mais lenta, quase uma balada na forma. Porém, quando entramos no estúdio, ele deu aquele ritmo ondulante que realmente conduz a música. Eu amei! Paul é capaz de produzir essas coisas brilhantes”, disse o vocalista.

No livro 1001 Músicas Para Ouvir Antes de Morrer (2012), a escolhida do a-ha foi justamente The Sun Always Shines on TV. “Depois do triunfo suado - e dos inúmeros relançamentos do sucesso mundial Take on Me -, o a-ha colheu frutos imediatos com The Sun Always Shines on TV. Saindo-se ainda melhor que a música de estreia, a canção foi sucesso nas paradas do Reino Unido e entrou nas 20 Mais já em seu lançamento”, escreveu o crítico musical Matthew Horton.

“O produtor Alan Tarney - que tinha dirigido os vocais e sintetizadores de Take on Me - ajudou a banda a evoluir. A marcante voz de Morten Harket ainda está lá, mas dessa vez apoiada em uma estrutura mais compacta de som. Forte onde Take on Me era frágil, The Sun Always Shines on TV se revelava em seu próprio drama: a introdução meio sacra seguida por um ritmo forte e crescente, liderado por Magne Furuholmen”, registrou o crítico.

“Sons de catedral à parte, a música é um caso sério. Harket deu força à angústia existencial do guitarrista e compositor Pal Waaktaar. 'Tenho medo da cara louca e solitária que o espelho está me mostrando esses dias'. Sob essa luz, o título é como um grito de desespero: se a vida é tão terrível, como é que ela parece tão bonita na televisão? O grupo compartilha o talento dos escandinavos do Abba em transformar desassossego em bela melodia”, registrou Matthew Horton.

E acrescentou: “A canção teve um legado duradouro: muitos fãs ficaram contentes em ver semelhanças com o sucesso do U2 Beautiful Day, lançado em 2000; e Morrissey fez uma versão, The Sun Never Shines on TV, num show para o público norueguês em 2004”.

Em outro livro da mesma coleção, o 1001 Discos Para Ouvir Antes de Morrer (2007), o jornalista e crítico John Doran também faz elogios à música. “O álbum possuía várias preciosidades, incluindo a frenética e quase operática The Sun Always Shines on TV, um legítimo hit que começa com um lamento sentido e vai crescendo até se tornar uma muralha de guitarras e cordas, no melhor estilo Phil Spector”, escreveu.

Segundo Paul, a banda estava muito esgotada quando gravou a canção. “Magne e Morten chegaram a dormir no estúdio com febre alta”. De fato, as gravações do álbum foram muito desgastantes para o grupo.

Single de Train of Thought, primeiro lugar na Noruega e quarto na Dinamarca

“Trabalhamos duro, muito duro. Houve ocasiões em que gravamos por até vinte horas seguidas. Eu chegava a ficar tão cansado que dormia durante a gravação - lá estava eu cantando, e de repente adormecia e caía da cadeira, direto no chão”, afirmou Morten em sua autobiografia.

No livro The Swing of Things, o vocalista também falou sobre o estado da banda nos dias que antecederam à finalização do Hunting High and Low. “Magne caiu no sono dentro de uma caixa de violoncelo. Nós três éramos terrivelmente alérgicos a tudo. Foi uma das sessões de gravação mais cheias de poeira de que me lembro”, declarou o vocalista.

Um álbum repleto de joias

Para Mags, o Hunting High and Low é um disco que inclui as mais puras jóias do Paul, como a própria faixa título e também Living a Boy's Adventure Tale. “Esta última é, inclusive, a favorita do vocalista do Coldplay, Chris Martin, e na minha opinião poderia ter se tornado um clássico. Train of Thought também”, contou o tecladista.

“Eu e Paul escrevemos uma parte de I Dream Myself Alive nos tempos dos Bridges/Poem. Eu acho que ela tem uma espécie de energia meio bizarra que falta em muitas músicas pop. De fato, foi uma das minhas contribuições das quais fiquei com mais expectativas”, afirmou Mags.

Em sua autobiografia, Morten conta que lembra da primeira vez em que ouviu seu colega de banda tocar o que seria a faixa título. “Paul se aproximou de mim com seu violão, dizendo que tinha uma nova versão de Hunting High and Low. Ele não havia composto a letra ainda, por isso, acompanhado pelo violão, Paul apenas cantarolou e assobiou a melodia. Fiquei espantado”.

Até então, Morten conhecia apenas versões iniciais da canção, com letra e arranjo completamente diferentes (confira aqui). “De fato, as primeiras encarnações da música eram bem diferentes da versão final e nunca chegaram a me fisgar. Para começo de conversa, a música tinha um ritmo acelerado. O coro cantava com o dobro de velocidade e os versos eram totalmente distintos”, afirmou.

“Parecia outra totalmente diferente, com os acordes e uma melodia com peso e volume, o que transformava o que fora uma música sem ênfase numa peça épica”, disse Morten. Foi a partir daquele momento que ele percebeu que a canção teria condições de se tornar um clássico. “Como faixa título, o título do álbum, tudo aquilo se tornou evidente para mim. Fiquei muito impressionado por Paul ser capaz de criar aquilo sobre os escombros de uma outra peça musical”.

Single de Hunting High and Low, quarto lugar na França e quinto no Reino Unido

Novamente com a ajuda do produtor Alan Tarney, o a-ha decidiu retrabalhar a canção Hunting High and Low. Para o lançamento do single, a banda adicionou uma parte com orquestra, tornando a faixa ainda mais grandiosa. “As cordas foram gravadas no Abbey Road Studios e estávamos lá durante as sessões”, recorda Morten.

“Paul e Magne são loucos por uma grande seção de cordas e adicionarão uma em qualquer oportunidade. Eu sou da opinião de que precisamos economizar os sons orquestrais para a canção correta. Do contrário, nós os desvalorizamos. Há a tendência de utilizá-los simplesmente como recheios. No caso de Hunting High and Low, o uso das cordas era bastante acertado”, contou o vocalista.

No lugar certo e na hora certa

Entre os destaques do álbum, o jornalista e crítico John Doran menciona como notáveis “a melancólica faixa-título e a introspectiva Train of Thought”. Segundo ele, o a-ha estava no lugar certo e na hora certa para aproveitar a revolução da MTV em meados dos anos 80. E a união de três grandes talentos fez toda a diferença.

“A combinação do guitarrista e principal compositor Paul 'Pal' Waaktaar com o pianista clássico Magne 'Mags' Furuholmen, assim como a voz e a boa aparência do vocalista, asseguravam que esta não seria uma banda de um único sucesso”, registrou. “Apesar de desprezado pela estética rock-retrô dos anos 90, Hunting High and Low permanece como um luminoso clássico do electro-pop”.

Sobre o projeto gráfico do disco, assinado por Jeri McManus, John Doran escreveu: “A capa reúne todas as tendências da época - fotografia em preto e branco desfocada, camisetas justas e cortes de cabelo estilo Lady Di - mas disfarça o gênio pop que se encontra em seu interior”. A foto de capa, é importante lembrar, foi tirada pelo americano Just Loomis, que acompanhou a banda em diversos outros trabalhos. 

Após o lançamento do Hunting High and Low, o a-ha foi indicado ao Grammy na categoria de Melhor Artista Revelação, sendo a primeira banda norueguesa a alcançar tal feito. O prêmio, no entanto, acabou ficando com a britânica Sade. Os clipes de Take on Me e The Sun Always Shines on TV também foram indicados ao MTV Video Awards. Das 11 indicações, a banda foi premiada em oito.

Edição especial de aniversário do álbum lançada em setembro de 2015 

Ao longo dos anos, o álbum Hunting High and Low ganhou diferentes edições especiais. A primeira saiu em 2010, em formato duplo, nos 25 anos do disco. Foi intitulada de Deluxe Edition e incluiu basicamente versões demo, remixes e b-sides. Já em 2015, no trigésimo aniversário do álbum, saiu a segunda e mais completa edição: a Super Deluxe Edition. O box com quatro CDs, um DVD e um livro foi um deleite para os fãs. Em 2019, saiu outra edição especial: The Early Alternate Mixes. Dessa vez, apenas em vinil e com versões alternativas das canções.

“Continuo sentindo muito orgulho de Hunting High and Low. É um grande álbum de estreia e há inúmeras memórias naquelas canções: foram elas que lançaram nossa carreira, cada uma contando sua própria história de nossa ascensão, desde os nossos quintais até o topo das paradas de sucesso”, define Morten.

“Foi um disco que vendeu muito e continua vendendo ao redor do mundo. Refletiu as emoções de muitas pessoas e influenciou diversos músicos ao longo do caminho. Sou imensamente grato por fazer parte dele”, finaliza o vocalista.

Para marcar os 35 anos do Hunting High and Low, o jornal O Estado de São Paulo publicou este mês um infográfico bem completo sobre o álbum. O material, assinado pelo infografista Diogo Shiraiwa, aborda a história do a-ha, a discografia da banda e até mesmo ascensão do pop escandinavo. “Coeso e correto no uso de teclados e sintetizadores [...], é com certeza o melhor álbum da carreira da banda”. Vale a leitura.