Cena do documentário que estreia em novembro de 2020. Reprodução/Kinescope Film |
Previsto para estrear na Noruega em novembro do ano que vem, o documentário a-ha - The Movie apresentará imagens inéditas da banda na década de 80. A revelação foi feita por Thomas Robsahm, um dos diretores do filme, em entrevista à revista americana Variety. Segundo ele, o grande objetivo do documentário é mostrar para o mundo que o a-ha possui muito mais músicas excelentes do que Take on Me. “Eles são ainda muito maiores em todo o planeta do que a maioria das pessoas imagina”, conta o diretor norueguês. Confira abaixo a entrevista.
Como e quando você teve a ideia para o filme a-ha - The Movie?
Desde que vi Let it Be com os Beatles, fico fascinado com a ideia de filmar o processo de uma banda fazendo um álbum. Tentei fazer um filme como esse nos anos 90, mas não consegui encontrar o financiamento para ele. Então, por volta de 2008, conheci Magne Furuholmen, e quando eles lançaram o álbum Foot of the Mountain em 2009, enviei um e-mail para ele e perguntei se eu poderia fazer um filme sobre o próximo. Ele foi positivo, mas me deu uma notícia triste: “Não haverá mais álbuns, estamos nos separando!” Mas, depois de cinco anos sozinhos, eles voltaram a se reunir em 2015, e foi quando esse projeto começou.
Diretor faz registro do a-ha em Hamburgo, na Alemanha. Reprodução/Instagram |
Por que você quis contar as histórias deles e que ângulo de narrativa você está usando?
O a-ha é o maior sucesso pop da Noruega de todos os tempos. Eles também são ainda muito maiores em todo o planeta do que a maioria das pessoas imagina, enchendo grandes arenas em todas as turnês pelo mundo. Take on Me é uma das músicas mais tocadas do século passado e usada em filmes e séries de TV todos os anos, incluindo 'La La Land', 'Deadpool' e muitos outros. Mas eles também criaram muito mais músicas excelentes do que Take on Me, e uma das ambições do filme é compartilhar isso com o público.
Acima de tudo, é uma história sobre amizade. Três personalidades muito especiais que tornaram o impossível possível nos anos 80, quando nenhuma banda norueguesa jamais teve sucesso fora do país. Como eles fizeram isso? O que eles tinham que todos os outros sonhadores não tinham? Eu acho que eles não teriam chance de fazer isso sozinhos, então a dependência um do outro é interessante, principalmente porque eles não são mais os melhores amigos... O que os tornou excelentes é também o que os impede de fazer mais músicas excelentes.
Como você divide a direção com Aslaug Holm?
Às vezes ela grava material sem mim e vice-versa, e conversamos muito sobre o que queremos alcançar enquanto dirigimos de cidade em cidade, seguindo a banda. Mas eu escrevi o roteiro e tenho o corte final. A editora Hilde Bjørnstad também é uma colaboradora muito importante deste projeto. Temos intermináveis horas de material.
“Minha caixinha para o final de semana”, publicou Robsahm. Reprodução/Instagram |
Que acesso você teve aos membros da banda, amigos e familiares?
Muito acesso, mas também filmamos muito a portas fechadas.
Quais materiais você trará para a tela e qual será o estilo visual do filme? Você vai misturar outras formas de cinema, como animação?
Será uma combinação de arquivos (incluindo material nunca visto antes) dos anos 80, filmagem direta e animação, inspirada no clipe de Take on Me. E muita música, é claro. Você não tem ideia de quantas músicas ótimas essa banda tem.
Qual a sua canção favorita do a-ha?
Eu poderia fazer uma lista enorme, mas se eu tenho que dizer apenas uma: Memorial Beach.
Saiba mais:
Documentário sobre o a-ha será lançado em 2020
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