Morten, Viggo Bondi, Mags e Paul. Foto: Divulgação |
O site britânico The Electricity Club, especializado na análise de bandas, álbuns e singles, publicou no último dia 4 de junho um interessante e detalhado texto sobre a história dos Bridges e as origens do a-ha. O artigo foi assinado por Barry Page, que recentemente já havia escrito um texto sobre os projetos paralelos de Paul.
“Está bem documentado que o grande sucesso do a-ha com Take on Me - e o subsequente álbum Hunting High and Low - não aconteceu da noite para o dia”, escreve Page. No texto, ele diz que a banda aprimorou, em estúdio, o ofício da composição, utilizando os rápidos avanços em instrumentação eletrônica para desenvolver seu som.
“Antes da formação oficial do a-ha, no aniversário de 23 anos de Morten Harket, em setembro de 1982, Paul Waaktaar-Savoy e Magne Furuholmen gravaram dois álbuns em uma banda de quatro integrantes chamada Bridges, incluindo um disco autofinanciado intitulado Fakkeltog (que se traduz como 'procissão à luz de tochas')”, traz o artigo. “As raízes de muitas músicas do a-ha resultaram de gravações dos Bridges, incluindo Take on Me, Scoundrel Days e Soft Rains of April”.
Viggo Bondi, Mags, Paul e Øystein Jevanord na época dos Bridges. Foto: Divulgação |
O texto destaca que várias músicas do a-ha, particularmente aquelas produzidas entre os anos 80 e 90, são permeadas de influências do The Doors. Ele cita como exemplos canções como Here I Stand and Face the Rain, Sycamore Leaves, Slender Frame, Early Morning e Lamb to the Slaughter.
Em outro trecho, Page fala de Mags e da influência que ele recebeu do pai Kåre, integrante de uma popular banda de jazz chamada Bent Sølves Orquestra e que faleceu em um acidente de avião há quase 50 anos. Page, então, relembra uma entrevista dada por Mags em janeiro de 2015 em que ele fala sobre o acidente e da primeira vez em que encontrou Morten.
“Voltávamos juntos para casa depois de uma festa. Foi uma longa caminhada, e enquanto falávamos sobre coisas importantes - que música a gente gostava - precisávamos encontrar outros assuntos para conversar. O que nossos pais faziam, coisas do tipo. Eu disse a ele que meu pai havia morrido em um acidente de avião em 1969. Morten permaneceu calado por um tempo, antes de me contar que ele foi uma testemunha do acidente em Drammen... ele viu o avião bater no chão”.
Øystein Jevanord na turnê de 87 |
“Nós primeiro fizemos uma versão demo de Cry Wolf em Oslo. Depois de alguns meses, pediram para que eu viesse a Londres por uma semana em 1986. Começamos do zero”, recorda Jevanord, que foi o responsável pela bateria da música. “Em Stay On These Roads (a faixa título), eu apenas toquei os pratos, que foram gravados no Rainbow Studio, em Oslo. Em The Blood That Moves the Body, eu fiz o mesmo que em Cry Wolf um ano antes”, completa.
Jevanord também tocou ao vivo com o a-ha na turnê de 87. “Simplesmente me perguntaram. E eu disse sim! Uma aventura - Mike Sturgis na bateria e eu na percussão; Ian Wherry no teclado e Leif Karsten Johansen no baixo. Dezessete shows durante três semanas no Japão, dois shows em Reykjavik, na Islândia, e cinco shows a céu aberto no sul da França, todos durante o verão de 1987”, lembra.
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