O Jornal do Commercio também trouxe, na edição do último domingo (28), uma entrevista com Paul, publicada no Caderno C. Intitulada "A piada que o Brasil adora", a entrevista não agradou alguns fãs da banda, que consideraram um tanto preconceituosa a abordagem feita pelo jornalista Schneider Carpeggiani. Além disso, não abordou questões relativas ao novo álbum, dando ênfase quase que exclusivamente à decada de 80. Confira a íntegra da entrevista logo abaixo.
Tal e qual acarajé e futebol, o A-Ha é coisa nossa. Tão brasileiros quanto uma cerveja antes do almoço, esses noruegueses zoneiros retornam ao Brasil, e ao Recife (fazem show no dia 18 de março, no Chevrolet Hall), para aquela que deve ser a última turnê. Então, como bons "compatriotas", não iremos nos furtar a cantar ao vivo hits como Cry wolf, Crying in the rain, Take on me e a dor de cotovelo ecológica que é Hunting high and low. Nessa entrevista para o JC, o guitarrista Paul Waaktaar falou pouco, bem pouco, sobre os anos 1980, revelou que nem sempre foi fã de música pop e nos fez entender a máxima de que entrevistas realizadas por e-mail (foi a condição da conversa) podem ser uma furada.
JORNAL DO COMMERCIO – No começo dos anos 1980, a música pop tinha uma atmosfera bastante sombria, com bandas como Soft Cell, New Order e Depeche Mode. Mas o A-Ha sempre foi o oposto de tudo isso, com hits alegrinhos como Take on me. Foi difícil para vocês se estabelecerem nessa cena?
PAUL WAAKTAAR – Tivemos algumas canções tristes também... Para cada canção pop feliz, colocávamos nos nossos discos ao menos umas três faixas indo pelo caminho oposto. Será que você perdeu nosso lado mais emotivo?
JC - É verdade que, no começo da carreira, nenhum de vocês tinha interesse em música pop?
PAUL – Antes de deixarmos a Noruega pela Inglaterra nossa música não tinha nada a ver com procurar o melhor refrão ou com o formato de canções de três minutos. Nós tínhamos composições que começavam num lugar e terminavam em outro, totalmente diferente. No início, não éramos pop.
JORNAL DO COMMERCIO – No começo dos anos 1980, a música pop tinha uma atmosfera bastante sombria, com bandas como Soft Cell, New Order e Depeche Mode. Mas o A-Ha sempre foi o oposto de tudo isso, com hits alegrinhos como Take on me. Foi difícil para vocês se estabelecerem nessa cena?
PAUL WAAKTAAR – Tivemos algumas canções tristes também... Para cada canção pop feliz, colocávamos nos nossos discos ao menos umas três faixas indo pelo caminho oposto. Será que você perdeu nosso lado mais emotivo?
JC - É verdade que, no começo da carreira, nenhum de vocês tinha interesse em música pop?
PAUL – Antes de deixarmos a Noruega pela Inglaterra nossa música não tinha nada a ver com procurar o melhor refrão ou com o formato de canções de três minutos. Nós tínhamos composições que começavam num lugar e terminavam em outro, totalmente diferente. No início, não éramos pop.
JC – Novos artistas como Calvin Harris e Goldfrapp buscam recriar o som dos anos 1980. Como você vê o revival dessa década? Os anos 80 foram tão bons quanto em nossa lembrança?
PAUL – Em parte foi uma grande década. Foi uma década de grandes hits, e de outros totalmente vagabundos.
JC – Como é conviver profissionalmente com as mesmas pessoas por mais de 20 anos? Vocês são amigos?
PAUL – Nos damos muito bem e esperamos ter um ótimo ano e uma excelente turnê.
JC – O negócio da música é hoje bem diferente daquele do início da carreira de vocês, com as gravadoras e a MTV sem o mesmo poder de antes. Como o A-Ha vê o negócio da música hoje?
PAUL – Estou procurando um novo sistema de negócio, em que o artista poderá viver apenas da sua música.
JC – No começo da carreira, vocês foram muito comparados ao Duran Duran, que é uma banda que, assim como vocês, nunca deixou de trabalhar. Vocês se sentem próximos a eles?
PAUL – Não penso muito no Duran Duran, mas, ainda assim, gosto de algumas das suas músicas.
JC – É verdade que essa é a última turnê do A-Ha?
PAUL – Nunca existe uma coisa chamada para sempre. (Aqui Paul respondeu com a frase There's never a forever thing, título de uma de suas canções).
JC – O show no Recife será de hits ou baseado no último álbum, Foot of the mountain?
PAUL – Vamos mostrar ao público o que estivemos fazendo nos últimos 25 anos. Estamos muito orgulhosos desse último disco, porque ele foi feito a partir da justaposição das ideias de todos nós. Nenhuma outra banda, além do A-Ha, poderia ter feito um disco assim.
JC – Última questão: por que o A-Ha foi tão popular no Brasil?
PAUL – Quando diziam que a gente era popular no Brasil, soava uma piada. Acho que nossa música, de alguma forma, conectou-se com os brasileiros.
2 comentários:
Não acho que o título da matéria foi maldoso, o próprio Paul deu espaço pra ela. Agora, quando ele perguntou "Será que você perdeu nosso lado mais emotivo?" nem houve resposta da jornalista, né? rsrs
O jornalista dessa materia e um tipico babaca que tem o prazer TENTAR deixar o artista de saia justa.
Claro que Paul polido e educado não se deixa levar por este tipo. Já que Paul e escolado desses tipo de gente.
Deolanda - Varginha - Minas Gerais
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