O jornal carioca O Globo publicou nesta segunda-feira (8), no Segundo Caderno, uma matéria sobre o retorno do a-ha ao Rio de Janeiro, que recebe o show da banda no próximo sábado (13), no Citibank Hall, dentro da turnê de despedida do grupo.
A matéria traz uma entrevista com Mags, que falou com o jornal, por telefone, diretamente da Argentina. Entre os temas abordados, o fim do a-ha, o sucesso da banda em toda a América do Sul e o estereótipo da música europeia.
Em um dos trechos mais polêmicos da entrevista, Mags afirma que houve desavenças internas no ano passado, quando a banda esteve no Brasil também em março, porque ele era favorável à inclusão de músicas como Touchy! e You Are the One no setlist, enquanto Morten e Paul eram contra.
Em seu comentário, Mags dá a entender que as duas canções podem ser tocadas agora no Brasil. "Ontem mesmo (quinta-feira passada), tentamos ensaiar Touchy!. Não ficou bom. Mas acho que até chegarmos ao Brasil, estaremos com essa música pronta", afirmou o tecladista ao jornal carioca.
Confira logo abaixo, em Leia mais, as declarações de Mags.
Estereótipo da música europeia
"No fim dos anos 1980, havia o estereótipo de que grupos que vinham da Europa eram de música para dançar, e, do ponto de vista dos europeus, havia o estereótipo de que as plateias sul-americanas tinham apreço só por música carregada de sensualidade. Nossa música é impossível de ser dançada. Não é feita para isso. Felizmente, estereótipos são enganosos".
Sucesso na América do Sul
"Acredito que nosso sucesso na América do Sul se deva ao fato de fazermos uma música muito passional. Botamos nossos corações no que fazemos, e o público sente isso. A música é uma linguagem universal".
Fim do a-ha
"É o reconhecimento de um casamento que chega ao fim, e 25 anos é um longo casamento. Cada um de nós tem necessidade de fazer algo diferente e individual. Quando tocamos no a-ha, é como reviver um passado pelo qual temos carinho. Nosso último CD, Foot of the mountain, é um reconhecimento desse passado, de como éramos no começo. Mas tudo o que é bom acaba um dia, e é bom sair de uma festa antes de ela ficar desanimada. Nós aproveitamos o auge da festa. Temos a oportunidade de celebrar o fim da banda em vez de continuarmos por aí até ela desmoronar ou fazermos música chata que vai frustrar os fãs. Nosso último disco foi bem recebido, então vamos sair de cena em boa situação".
Futura reunião
"Seria estranho dizer adeus e planejar uma reunião para o futuro. Não vejo uma reunião pela frente, sinceramente. Bom, a vida me ensinou a ser cauteloso ao falar essas coisas, pois ela sempre traz surpresas. Mas eu quero fechar esse capítulo da minha vida. Não quero ficar preso a uma coisa só porque ela é bem-sucedida. Quero poder começar de novo aos 50 anos, quero ter essa liberdade. É como construir um castelo de areia. Se você deixá-lo lá, as ondas vão levá-lo à noite, então é melhor você mesmo pisoteá-lo e começar de novo. A minha recompensa é ver que muita gente tem uma ligação forte com a nossa música. As pessoas dificilmente quebram suas rotinas depois dos 30 anos. Eu farei isso aos 50".
Desavenças sobre o repertório dos shows de 2009
"Eu gostaria de ter tocado essas músicas (Touchy! e You Are The One), mas os outros membros queriam tocar canções mais sérias. Foi uma situação difícil, constrangedora. Eu considero isso um erro que é comum artistas cometerem, o de querer educar as pessoas em relação ao que você acha que elas deveriam ouvir. Ontem mesmo (quinta-feira passada), tentamos ensaiar Touchy!. Não ficou bom. Mas acho que até chegarmos ao Brasil, estaremos com essa música pronta".
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