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Já está disponível no canal oficial do a-ha no YouTube o primeiro episódio do documentário The Making Of... Take on Me, que conta toda a história por trás da canção e de seu icônico videoclipe. Nesta primeira parte do especial, a banda fala um pouco sobre o surgimento da música, as suas primeiras versões e as diversas tentativas de emplacá-la nas paradas de sucesso.
“Eu fui vê-los na casa dos pais de Paul. A primeira coisa que escuto é o riff de Take on Me. Mags a toca no piano e Paul dedilha junto com o violão”, relembra Morten. “Essa é a chave para o mundo”, disse o vocalista, que instantaneamente viu na música um potencial enorme.
“Foi uma das primeiras coisas que ele disse: 'Isso é um hit universal. Nós temos que fazer algo com ela'. E eu acho que foi quando as coisas aconteceram”, declarou Mags.
Sobre as várias tentativas de emplacar Take on Me, o tecladista afirmou que em um determinado momento a banda ficou desesperada com a possibilidade de perder a canção como um hit. “Não havia nenhuma maneira de termos o poder de voltar à gravadora e dizer: 'Podemos ter mais dinheiro? Podemos tentar mais alguns dias no estúdio?'. Tentamos, estranhamente ou não, convencê-los de que uma mudança de produtor faria toda a diferença e foi aí que trouxeram Alan Tarney”, recorda.
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“A única coisa a mencionar sobre o a-ha é que eles estavam desesperados para provar algo dentro do negócio da música. Afinal, eles eram da Noruega e não havia ninguém que realmente tivesse vindo da Noruega”, declarou Tarney. “Eles chegaram neste país absolutamente determinados. Eles tinham energia e entusiasmo fabulosos”, completou.
No documentário, o produtor explica como foi trabalhar na canção. “Eu acho que a versão inicial de Take on Me que o a-ha fez para eles mesmos foi a que a gravadora gostou e Terry Slater também. Eles adoraram aquilo. Então, tudo o que fiz foi basicamente criar uma versão que se assemelhava à versão original o máximo que eu podia”, contou Alan Tarney.
O então vice-presidente de A&R (Artistas e Repertório) da Warner Bros. na época, Andrew Wickham, também deu seu depoimento no documentário e relembrou do momento em que ouviu falar pela primeira vez do a-ha. “Recebi uma ligação de Terry Slater dizendo: 'Olha. Eu tenho essa banda. Eles são da Noruega. Eles se chamam a-ha. Você poderia vir e vê-los? '”, recorda Wickham.
“Eles fizeram o teste com três músicas. A primeira foi uma canção chamada Dot the I. A segunda era uma chamada Living a Boy's Adventure Tale. E a terceira era Take on Me. Eu não podia acreditar nos meus ouvidos quando escutei Morten Harket cantar. Pensei: 'Como alguém que parece uma estrela de cinema pode soar como Roy Orbison?'. Então eu pensei que isto era inacreditável. Eu tinha que assinar (o contrato). Então eu assinei”.
Andrew Wickham, ex-vice-presidente de A&R da Warner. Reprodução/YouTube |
A segunda parte do especial sai nesta sexta-feira (8) e vai contar a história por trás do clipe de Take on Me. E para celebrar o lançamento do documentário, a banda anunciou um vinil em edição especial que trará duas versões da música: uma produzida por Alan Tarney e outra produzida por Tony Mansfield. Esta última, datada de 1984 e intitulada Alternate Mix, nunca havia sido lançada antes. Para adquirir, acesse o site da Rhino Records.
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