sábado, 12 de dezembro de 2009

Em entrevista a jornal, Mags fala sobre fim do
a-ha, turnê de despedida e lembranças do Brasil

O Jornal de Brasília publicou na última quarta-feira (9) uma entrevista exclusiva com Mags. Nela, o tecladista fala, entre outras coisas, sobre a decisão do a-ha em encerrar as atividades e sobre a turnê de despedida. "Nós temos um ano bem longo pela frente e uma das turnês mais pesadas que já fizemos desde os anos 80", afirmou o músico ao jornal.

Ao falar do Foot of the Mountain, Mags conta que a banda passou muito tempo se dedicando para torná-lo o melhor possível, e que a boa recepção do álbum pegou o grupo de surpresa. "É o final perfeito, ao invés de se desmanchar como uma banda que vendeu discos e não tem nada mais além disso. Esse álbum realmente me dá a oportunidade de celebrar o fim do a-ha como uma grande banda", diz.

Em um dos momentos mais reveladores da entrevista, ao comentar sobre o fim do grupo, Mags afirma que é trabalhoso fazer parte do a-ha. "Eu vejo muito talento no nosso trabalho para continuar, mas temos nossas diferenças em relação à banda e não é fácil fazer as coisas darem certo sempre", diz. Segundo o tecladista, muitas bandas continuam juntas mesmo que as motivações não sejam as melhores.

"Elas são lembradas pelo trabalho que fizeram e não pelas desculpas que usam para continuar tocando em lugares meio cheios, ficando velho e fazendo isto pelo dinheiro. Eu não queria que o a-ha se tornasse uma dessas bandas. Achamos que deveríamos apenas celebrar uma longa carreira e terminar enquanto estamos no topo, ao invés de desaparecer".

Ao ser indagado sobre a herança deixada pelo grupo no mundo da música, Mags afirma: "Acho que deixamos um legado um pouco estranho. Começamos na cabeça das pessoas apenas como uma banda pop que foi perseguida por muitas meninas que nos deram status de fenômeno. Ao mesmo tempo, fizemos músicas que tinham significado para muita gente, como os irmãos Gallagher", diz.

Segundo o tecladista, muitos viam o a-ha apenas como um fenômeno da música pop, o que acabava frustrando e entristecendo o grupo. "Nossa música não era falada. Sempre que éramos entrevistados era sobre fama, boa aparência, ou qualquer outra coisa. Isso nos incomodava. Quando voltamos em 2000, uma das coisas mais gratificantes foi perceber que a atitude em relação à banda havia mudado e estava bem mais de acordo com o que pensávamos".

Ao falar das lembranças que tem do Brasil, Mags diz que o país injetou auto-estima na carreira do grupo. "Havíamos feito a primeira turnê ao redor do mundo, e o encanto com a banda estava diminuído entre o terceiro e o quarto disco. Então fomos para a América do Sul e descobrimos uma aproximação totalmente diferente em relação à banda e nossas músicas. Ficamos muito contentes com essa injeção de confiança que nos deram".

Na entrevista, Mags diz ainda que nunca conseguiu entender o que fez os brasileiros abraçarem o a-ha. "Nós éramos noruegueses de um país gelado do norte. Mas aí, penso que tem a ver com a paixão. Quero dizer: os brasileiros são pessoas passionais, e eu acho que eles reconheceram uma paixão em nossas músicas. É uma conexão inusitada entre a atitude melancólica escandinava para a vida, a sensualidade e o calor sul-americano. Mesmo sendo forças opostas, dividem um laço com a paixão", afirma o tecladista ao jornal.

2 comentários:

Sheila disse...

Provavelmente, como aconteceu agora, toda vez que eu ler durante o próximo ano algo do A-ha eu vou chorar... :'(

Anônimo disse...

Com certeza e paixâo! Nâo tem outra exolicação!

Deolanda - Varginha - Minas Gerais