sábado, 30 de abril de 2022

Álbum Lifelines completa 20 anos de lançamento

Foto da capa tirada por Andy Frank no Estádio José Martí, em Cuba

O sétimo álbum de estúdio do a-ha está completando 20 anos. Lançado em abril de 2002, o Lifelines comemora duas décadas como um dos trabalhos de maior sucesso da banda na Europa. O disco alcançou o primeiro lugar das paradas na Alemanha e na Noruega, entrando também para o Top 10 em países como Áustria, Dinamarca, Grécia, Polônia e Suíça. Ainda na Alemanha, o álbum recebeu a certificação de disco de ouro por vender mais de 150 mil cópias.

Gravado entre junho de 2001 e janeiro de 2002, o Lifelines contou com apenas três singles: Forever Not Yours, o maior sucesso do disco, Did Anyone Approach You? e a própria faixa-título. Se a banda economizou no número de singles, o mesmo não aconteceu com o número de produtores. Ao todo, foram seis profissionais diferentes, de várias nacionalidades, para produzir as 15 faixas do álbum: os britânicos Ian Caple, Clive Langer e Alan Winstanley, os suecos Martin Landquist e Tore Johansson, e o americano Stephen Hague. 

“Em Lifelines havia muitos produtores e eles acabaram participando de uma verdadeira guerra de trincheiras. Todos se tornaram paranóicos. Nós gravamos algumas canções três, quatro vezes e no fim ninguém sabia mais o que estava bom”, afirmou Paul no livro The Swing of Things.

Morten também se queixou da forma como o disco foi produzido. “No álbum há muitas canções que sofreram devido à forma como foram produzidas, o que é uma verdadeira vergonha. Lifelines era um forte candidato para ser um verdadeiro álbum clássico do a-ha, mas acabou se tornando um disco que tentou ir em várias direções e algumas canções simplesmente naufragaram”, disse o vocalista no mesmo livro.

Capa do single de Forever Not Yours, lançado em 2 de abril de 2002

Turn the Lights Down, a décima primeira faixa do álbum, foi uma das canções apontadas por Morten que terminou soando diferente após a produção. “Acabou como uma balada comum. Ela poderia ter sido matadora. Magne escreveu uma parte muito importante, mas no fim, a canção acabou se tornando algo que absolutamente não deveria ter se tornado. Na minha cabeça, a canção foi totalmente mal administrada e o Paul também achou isso, porém, eu não tive a habilidade e a paz de espírito necessárias para me sentar e mostrar ao Mags o que eu queria. É uma canção que poderia ter ido muito longe”, declarou Morten.

O mesmo aconteceu com Oranges on Appletrees. “Ela foi produzida toda errada. Deve ter sido produzida sob influência de cogumelos mágicos. Basicamente, é uma canção muito excitante... Meio boêmia, meio hippie”, afirmou o vocalista. 

O Lifelines foi o último álbum do a-ha a ser lançado pela Warner Music. Na época, a relação da banda com a gravadora já não era das melhores. Em entrevistas, o grupo demonstrava claramente o seu descontentamento com o selo. “Eles só pensam em nomes completamente novos e esquecem que deve haver algumas pessoas por aí que já ouviram falar de nós. Afinal, estamos aqui há muito tempo”, disse Paul em maio de 2002 em entrevista ao jornal norueguês Dagbladet.

Àquela altura, o desgaste entre o a-ha e a Warner já era tão grande que havia um acordo incomum entre as duas partes: a banda entregava uma fita master finalizada, enquanto a gravadora se comprometia a não interferir na produção. O selo só entrava no processo quando a seleção final das músicas precisava ser feita.

Capa do single de Lifelines, lançado em 8 de julho de 2002

Para gravar o Lifelines, o a-ha precisou, além dos seis produtores, percorrer quatro países diferentes ao longo de sete meses. Isso porque a banda utilizou estúdios em Oslo, Londres, Estocolmo e Nova York. “É extremamente raro gravar um álbum desta forma”, declarou o produtor britânico Ian Caple, responsável por quatro faixas do disco. O trio, no entanto, raramente estava junto na maioria das gravações. Morten, por exemplo, gravou quase todos os vocais do álbum sem a presença de Paul e Mags.

“Morten e Magne começaram a trabalhar sem mim e foi difícil convencer o Morten a cantar as minhas canções. Eu tive que ser diplomático. Foi um álbum onde tudo foi bem difícil. Eu tive apenas duas semanas para escrever canções para ele e no fim tinha dez canções prontas e estava satisfeito com elas. Eu tinha certeza que eles gostariam delas, mas não gostaram. Algumas delas foram engavetadas, outras se tornaram canções da Savoy. Tem uma chamada The Breakers que é um clássico, mas ninguém gostou”, lamentou Paul.

As queixas do guitarrista tinham um fundo de verdade. Das 15 faixas do álbum, quatro foram fruto da parceria entre Morten e Mags, seja na composição ou nos arranjos. Algo inédito na história da banda. “Em Lifelines, eu tentei escrever canções com o estilo do Morten em mente. Há algumas canções nele que eu gosto mais do que outras”, afirmou Mags.

Apesar da colaboração entre os dois, Morten reconheceu que não foi um processo fácil. “Como resultado das batalhas anteriores com o Paul, Magne se tornou tão difícil de se negociar quanto ele. Magne foi muito longe por suas canções. O álbum se tornou seu projeto particular. Ele queria fazer tudo do seu jeito, sem dar a mínima para mim”, disse Morten.

Capa do single de Did Anyone Approach You?, lançado em 30 de setembro de 2002

E o tecladista realmente estava decidido a criar suas canções sem a interferência dos colegas. “Para mim, o Lifelines foi um álbum onde aprendi a não dar a mínima para os outros na banda e a trabalhar apenas com quem estava interessado com o meu material. Pode não ser a lição mais legal, mas é uma lição importante. O resultado final foi um álbum que soa desunido, pois realmente não estávamos unidos”, assumiu Mags.

Entre as músicas compostas por Paul que acabaram não agradando o restante do grupo, estavam There's a Reason for It, Afternoon High, A Little Bit e Less Than Pure. “Todas as canções que o Paul trouxe para as gravações tinham partes interessantes, mas no todo, pareciam incompletas. Elas não tinham refrões que as levassem a algum lugar, elas simplesmente não iam muito longe”, declarou Morten.

“E foi assim com quase todas elas, com exceção de Time & Again e Did Anyone Approach You?. Essas duas vão direto ao ponto e estão entre as melhores do álbum. O resto é pura perda de tempo. Eu não queria nem mesmo cantar elas. Eu não queria pois não quis ser envolvido em difíceis discussões sobre canções que já sabia que não deveriam estar no disco. Mas eu acabei cantando para mostrar que eu estava certo. Eu sei o que esperar do Paul e o que ele é capaz de fazer, mas é ele que tem que me entregar”, completou o vocalista.

No site oficial do a-ha, Mags chegou a declarar na época que o Lifelines era uma gravação ambiciosa. “Pessoalmente, sinto que escrevi minhas melhores músicas de todos os tempos”, disse o tecladista. O álbum, inclusive, foi um dos mais caros já produzidos pela banda.

A repercussão do disco na imprensa europeia foi muito positiva. O jornal norueguês Dagbladet publicou que o a-ha deu um grande passo na direção certa, enquanto o também norueguês Aftenposten disse que a banda fez um de seus melhores trabalhos. Já a rádio alemã SWR3 registrou que o Lifelines “é um álbum muito complexo e suntuoso”. 

De fato, mesmo com tantas divergências durante o seu processo de criação, o Lifelines permanece, passados 20 anos desde o seu lançamento, um álbum relevante na discografia do a-ha. Produziu algumas das mais belas canções da carreira do grupo, como White Canvas, Time & Again, Dragonfly e a própria faixa-título. “Lifelines é o tipo de música que faz com que as pessoas nos reconheçam, quer sejam os caras do Coldplay ou outros artistas... Quem a ouvir já sabe que ainda somos bons no que fazemos”, resumiu Morten.

terça-feira, 26 de abril de 2022

Diretor de documentário responde perguntas de fãs

Divulgação

Thomas Robsahm, diretor do documentário a-ha: The Movie, participou de um Perguntas & Respostas promovido pelo fã-clube Headlines and Deadlines. No bate-papo, o diretor afirmou que os três membros da banda já assistiram ao filme e que foi muito bom trabalhar com todos eles. Robsahm disse também que tentou lançar a trilha sonora do documentário, mas que a gravadora não se interessou pelo projeto.  

Eu acho que o Analogue e o Foot of the Mountain foram álbuns muito importantes para a carreira da banda, e me pergunto por que não houve trechos de músicas (pelo menos para o primeiro) ou discussão usados no documentário. Além disso, você examinou os elementos disfuncionais da banda - você acha que ficar juntos prejudica o legado deles? Se sim, o que você acha que pode ajudar? [Jeremy Clowe]

Olá, obrigado pelas perguntas. Há uma grande discussão sobre o Foot of the Mountain no filme, mas não foi possível incluir todos os álbuns. Quase usamos Cosy Prisons, mas no final não havia espaço para ela, infelizmente.

No final, acho que tudo o que resta é a música e, como Pal diz, ninguém se lembrará dos argumentos deles, exceto eles mesmos.

Existem planos para o seu filme ser lançado como livro ou vinil? [Paulo Continho]

Não há planos para um livro, mas eu realmente tentei lançar a trilha sonora em um vinil triplo. Mas a gravadora não quis fazer.

Documentário será lançado no Japão no dia 20 de maio

Se você pudesse voltar no tempo, qual dos 10 álbuns de estúdio do a-ha você MAIS gostaria de documentar a criação, e por quê? [Jens Peter Kragh Nielsen]

Hm, interessante... Ou o Scoundrel Days ou o Memorial Beach.

a-ha: The Movie parece estar indo bem, e no Reino Unido eu acho que há um interesse claro. Portanto, você consideraria trabalhar com a banda em uma continuação ou um filme separado com eles em turnê com o True North e assim adiante? [James Woolley]

Olá, eles vão lançar um filme conectado com a gravação do True North, feito por Stian Andersen, fotógrafo de longa data da banda. Se eles voltarem ao estúdio juntos para fazer um álbum, eu ficaria feliz em fazer um filme sobre isso.

Os membros da banda já viram o filme? [Claudia Steele]

Sim, todos eles viram o filme. Dois deles adoraram, e um deles não muito.

Há planos para lançar o filme na França? Teremos a chance de comprar o DVD com a tradução em francês? [Laurita]

A França não parece estar muito interessada. Difícil também na Itália, mas com sorte a Espanha seja adicionada à lista em breve.

Como foi pessoalmente trabalhar ao lado de Morten, Mags e Pal? Você teve dias difíceis? Foi um projeto fácil em termos de relações de trabalho? [Angie Howard]

Os três foram muito legais de se trabalhar - separadamente...

O que os três membros da banda pensam sobre o filme? Eles estavam relutantes em participar? [Jane Bass]

Eles gostaram de participar (na maioria dos dias...) e todos assistiram (veja acima).

domingo, 17 de abril de 2022

Nova York tem show único do a-ha com casa lotada

Foto: Ralph Pantozzi/Twitter/Reprodução

Nova York reviveu, na noite da última terça-feira (12), a magia de um show ao vivo do a-ha. A banda desembarcou na cidade americana para uma apresentação única no prestigiado Radio City Music Hall. Com todos os ingressos vendidos, o show marcou o retorno do trio a Nova York depois de quase 12 anos e também a esta casa de espetáculos depois de longos 35 anos (a última vez lá havia sido em outubro de 1986).    

“Os grandes nomes do pop norueguês a-ha são conhecidos principalmente nos EUA por seu hit de 1985 Take on Me (e seu vídeo inovador), mas eles são superstars em sua terra natal, com oito álbuns #1 e dezenas de singles de sucesso”, escreveu o site Brooklyn Vegan, um dos poucos a cobrir a apresentação.

Assim como nos dois últimos shows em Los Angeles, o a-ha também inverteu os sets em Nova York. A banda iniciou a noite tocando canções de diferentes álbuns e só depois executou o Hunting High and Low na íntegra.

“Após uma pequena pausa, o a-ha voltou para tocar seu clássico álbum de estreia de 1985, embora não na ordem original de execução. Eles reservaram o single The Sun Always Shines on TV para a última música do set principal e depois, é claro, voltaram para tocar Take on Me para o bis final do show”, publicou o site Brooklyn Vegan.

Mesmo o a-ha seguindo o mesmo repertório dos últimos shows, alguns fãs ainda tinham a esperança de que a banda pudesse abrir uma exceção em Nova York e incluir no setlist uma canção em especial: Manhattan Skyline. O desejo, no entanto, acabou não se concretizando.

Foto: NandoPrudhomme/Twitter/Reprodução

Ao término do show, Morten chegou a cumprimentar alguns fãs na beira do palco, sendo o último da banda a deixar o local sob muitos aplausos. Já Paul e Mags atenderam vários fãs que esperavam na saída do Radio City Music Hall. Os músicos deram autógrafos, tiraram fotos e ainda conversaram com alguns dos presentes (veja aqui o momento). 

“Obrigado por tudo, Nova York! Fique segura e vejo você se você me quiser de volta novamente”, publicou Mags em seu perfil no Instagram. Já Paul foi mais sucinto e escreveu apenas “Que noite...”. Em outra postagem, o guitarrista compartilhou fotos do livro de visitas do Radio City Music Hall. Na página dedicada ao show do a-ha, é possível ver os autógrafos dos três membros do trio e a frase “bom estar aqui novamente”.

Após essa primeira passagem pelas Américas, o a-ha retorna agora para a Europa, onde toca na Suécia e na Dinamarca nos dias 28 e 29 de abril, respectivamente. A banda, no entanto, ainda tem mais dois shows marcados para esse ano nos EUA. As apresentações serão no final de julho, logo após a turnê brasileira, nas cidades de Napa e Los Angeles, na Califórnia.

Setlist do show em Nova York, EUA

01- Sycamore Leaves
02- The Swing of Things
03- Crying in the Rain
04- Forest for the Trees
05- You Have What it Takes
06- I've Been Losing You
07- Scoundrel Days
08- The Living Daylights

09- Train of Thought
10- The Blue Sky
11- Living a Boy's Adventure Tale
12- And You Tell Me
13- Love is Reason
14- I Dream Myself Alive
15- Here I Stand and Face the Rain
16- Hunting High and Low
17- The Sun Always Shines on TV

18- Take on Me

terça-feira, 12 de abril de 2022

Show triplo em Los Angeles marca retorno aos EUA

Foto: Tara Lyn/Reprodução/Twitter

Depois de quase 12 anos de espera, os fãs americanos voltaram, enfim, a receber uma apresentação do a-ha. A banda fez seu retorno triunfal aos EUA com três shows seguidos em Los Angeles, na Califórnia, entre os dias 7 e 9 de abril. O local escolhido para o reencontro não poderia ser menos especial: o histórico The Wiltern, um quase centenário teatro que até hoje é palco dos principais eventos culturais da cidade.

“Magne Furuholmen, Morten Harket e Pål Waaktaar-Savoy nunca tiveram medo de revisitar seu passado coletivo – a  turnê MTV Unplugged no início de 2018 mais do que demonstrou que suas músicas poderiam receber novas configurações e permanecer tão impactantes como sempre. Mas assumir um álbum inteiro – um tão conhecido – e manter-se fiel ao seu espírito é audacioso”, publicou o site Live Music News & Reviews.

Já o site da rádio Crème Brûlée escreveu que o a-ha provou mais uma vez que é um tesouro musical, e não uma banda de um hit só, como muitos americanos ainda insistem em dizer. “Ao contrário da crença popular, o a-ha é muito maior do que Take on Me. Eles são sonoramente mais fluidos do que seu rótulo de synth-pop sugeriria”, registrou.

“Os altos e baixos emocionais do álbum são trazidos à vida pela orquestração dramática e pela bela voz do vocalista Morten Harket”, destacou o site da rádio, lembrando ainda que fãs de várias partes dos EUA e do Canadá foram a Los Angeles apenas para ver o trio norueguês.

Segundo a emissora, a relativa obscuridade do a-ha no mainstream musical americano moderno tem o benefício não intencional da banda se apresentar em locais intimistas. “A estética art déco do Wiltern torna o local adequado para a celebração de um álbum clássico que envelheceu muito bem. Os fãs são os beneficiários dessa realidade – especialmente aqueles que são moradores de Los Angeles”, pontuou.

Foto: E.Barillas/Reprodução/Twitter

“Os momentos mais sublimes foram as versões ligeiramente alteradas de The Blue Sky, Here I Stand and Face the Rain (com seu final estendido bastante dramático) e a entrega vocal delicada e comovente de Morten Harket em And You Tell Me”, escreveu o site da rádio, destacando que foi um privilégio ouvir algumas das pérolas menos conhecidas do álbum.

A emissora, no entanto, lamentou a ausência no repertório do a-ha de grandes sucessos como Summer Moved On, Analogue e Foot of the Mountain. “Este show poderia ter sido um catalisador para uma reavaliação do lugar da banda na música pop, mas ignorar o que os tornou relevantes no exterior para uma nova geração prejudica essa capacidade”, registrou.

Enquanto a primeira noite em Los Angeles contou com a mesma sequência de músicas dos shows na América Latina, as duas últimas apresentações na cidade americana receberam uma mudança importante: a inversão dos sets. Assim, a execução do álbum Hunting High and Low, que sempre abria a noite, foi colocada para o final. Uma estratégia, pelo visto, para segurar o público até o encerramento com Take on Me

“Muitos elogios ao a-ha por recompensar a lealdade inabalável dos fãs de um país cujo mainstream musical não era tão grato pela música da banda. O a-ha é um tesouro musical e este show, apesar de algumas oportunidades perdidas, foi mais um lembrete disso. Desejamos o melhor ao a-ha e esperamos que eles continuem a manter o público encantado por muito mais anos”, encerrou o site da rádio, dando ao show nota 4,5 (de um total de 5).

Foto: E.Barillas/Reprodução/Twitter

“Obrigado a todos os nossos amigos por nos fazer sentir em casa”, publicou Mags ao se despedir de Los Angeles. Morten também usou as redes sociais para registrar um encontro com a família Everly. Na foto que compartilhou, ele e Mags aparecem ao lado dos herdeiros dos Everly Brothers, dupla americana que gravou a versão original de Crying in the Rain, em 1962. “Um momento adorável colocando o papo em dia com a família Everly após o show no The Wiltern”, escreveu Morten.

Setlist do primeiro dia de show em Los Angeles, EUA

01- Train of Thought
02- The Blue Sky
03- Living a Boy's Adventure Tale
04- And You Tell Me
05- Love is Reason
06- I Dream Myself Alive
07- Here I Stand and Face the Rain
08- Hunting High and Low
09- The Sun Always Shines on T.V
10- Take on Me

11- Sycamore Leaves
12- Forest for the Trees
13- You Have What it Takes
14- The Swing of Things
15- Crying in the Rain
16- Scoundrel Days

17- I've Been Losing You
18- The Living Daylights

terça-feira, 5 de abril de 2022

a-ha faz sua estreia no México e encanta o público

Foto: Luis Carmona/Twitter/Divulgação

A noite de sábado (2) foi de muita emoção para o público mexicano. Pela primeira vez na carreira, o a-ha se apresentou no país com um show lotado no famoso Auditório Nacional. Segundo a imprensa mexicana, mais de sete mil pessoas encheram o local para ver de perto o grupo com a sua turnê Hunting High and Low Live.

“a-ha conquista corações durante sua estreia na Cidade do México”, escreveu o site Milenio, que classificou a apresentação como nostálgica. Já o site El Universal afirmou que a banda fez milhares de pessoas enlouquecerem com seu synth pop, enquanto o site MNI Noticias chamou o show de icônico e destacou que a banda finalmente acertou as contas com o público mexicano.

“Na noite de sábado, 2 de março, eles encontraram um público fiel que cantou, festejou e celebrou cada uma das músicas que interpretaram. E embora Take on Me tenha sido uma das mais aclamadas, as demais performances não ficaram muito atrás, criando momentos verdadeiramente mágicos”, escreveu.

“Pessoas com cartazes, pôsteres, bandeiras do México e da Noruega, até desenhos foram vistos por todo o Auditório Nacional, balançando de um lado para o outro ao ritmo de The Sun Always Shines on T.V”, completou o MNI Noticias.

O site Me hace ruido, por sua vez, escreveu que o Auditório Nacional parecia majestoso e que o trio norueguês foi recebido com uma euforia que certamente não esperava. “A estreia do a-ha em solo nacional foi mais um daqueles momentos chave na vida de muitos e com certeza a banda ainda vai pensar naquela plateia selvagem de sábado na Cidade do México”.

Foto: Luis Carmona/Twitter/Reprodução

Em outro trecho, o site registrou: “Quando uma banda demora tanto para chegar a um país como o nosso, pode se tornar uma faca de dois gumes. Por um lado, sabemos que nem em uma ou duas horas podemos estar satisfeitos com os anos e álbuns que se passaram e, por outro, a energia que acumulamos é tanta que quando finalmente lá estamos, tudo explode”.

O site mexicano também fez elogios ao disco de estreia do a-ha e que dá nome à turnê. “Ouvir do começo ao fim o célebre álbum Hunting High and Low, um disco que o próprio Morrissey uma vez confessou que o inspirou a levar a sério a arte do pop, é algo além da simples nostalgia. É um álbum que resiste a qualquer lançamento moderno e ainda é complexo e inovador”.

A próxima parada da turnê é na cidade americana de Los Angeles, onde o a-ha fará três shows seguidos nos dias 7, 8 e 9 de abril. 

Setlist do show na Cidade do México

01- Train of Thought
02- The Blue Sky
03- Living a Boy's Adventure Tale
04- And You Tell Me
05- Love is Reason
06- I Dream Myself Alive
07- Here I Stand and Face the Rain
08- Hunting High and Low
09- The Sun Always Shines on T.V
10- Take on Me

11- Sycamore Leaves
12- Forest for the Trees
13- You Have What it Takes
14- The Swing of Things
15- Crying in the Rain
16- Scoundrel Days

17- I've Been Losing You
18- The Living Daylights

sábado, 2 de abril de 2022

Chile volta a receber o a-ha depois de 12 anos

Foto: @Dany_CHIL/Twitter/Reprodução

Os fãs chilenos puderam finalmente matar a saudade do a-ha depois de longos 12 anos. Na última quarta-feira (30), a capital Santiago recebeu a turnê Hunting High and Low Live. “a-ha triunfa em seu reencontro com o Chile”, publicou o site Rock & Pop. A última vez que a banda havia tocado no país tinha sido em março de 2010, durante a Farewell Tour.

Com show de abertura do grupo chileno The Cruel Visions, o a-ha entrou no palco às 21h em ponto. “O público efervescente reagiu a todos os raios de luz, vozes e ondas sonoras emitidas do palco para cantar ao vivo canções como Train of Thought, The Blue Sky e Living a Boy's Adventure Tale”, escreveu o Rock & Pop.

Segundo o site, o ponto alto do show foi o momento em que três dos maiores sucessos do a-ha coincidiram. “Na ordem: Hunting High & Low, The Sun Always Shines on TV e Take on Me, sendo este último o que enlouqueceu todos os participantes da Movistar Arena”, registrou.

O site RadioPop, por sua vez, frisou a excelência do a-ha em apresentações ao vivo. “Há que destacar a qualidade do áudio e dos vocais que a banda ainda mantém, e acima de tudo o público cativo e fiel que ainda mantém apesar dos anos”, pontuou.

Uma das cenas mais bonitas do show foi durante a execução de You Have What it Takes, quando a plateia ligou a luz dos celulares e iluminou toda a Movistar Arena (veja aqui o momento).

O site Parlante registrou que a banda exibiu um som poderoso e que Morten continua a demonstrar um alcance de voz poderoso e soberbo. “Hoje, graças ao a-ha, conseguimos nos reconectar em um momento agradável com músicas executadas com autoridade”.

Foto: @lcnavt66/Twitter/Reprodução

Já o site Agenda Musical ressaltou a diversidade do público da banda, com fãs de várias idades presentes no show, e classificou a apresentação como sóbria e eletrizante. “Quando falamos de sucessos musicais, muitas músicas vêm à mente e posso garantir que uma dessas músicas é do a-ha”, publicou.

“O show terminou com euforia, pessoas de pé aplaudindo e ansiando por uma época em que a música do a-ha deixou vestígios”, registrou o site.

Assim como na Argentina e no Paraguai, o tecladista de apoio, Erik Ljunggren, novamente não tocou com a banda. Ele continuava isolado em um hotel de Buenos Aires após ter testado positivo para a Covid. Segundo o baterista Karl, Erik retornará ao grupo no show deste sábado (2) na Cidade do México.

Em seu perfil no Instagram, Mags agradeceu aos fãs chilenos. “Gracias, Santiago! Pelo seu entusiasmo esta noite, seu apoio duradouro, todos os presentes gentis e muito mais”, afirmou o tecladista.

“Minhas sinceras desculpas por não parar para tirar fotos e dar autógrafos desta vez - eu estive com uma gripe forte nos últimos dias com febre, tosse no peito e dor de cabeça, e eu realmente tive que voltar para a posição horizontal o mais rápido possível”, contou o músico.

“Não é Covid, aparentemente, pois tive Covid apenas dois meses atrás, e também de acordo com os sete testes que fiz nos últimos três dias. Ainda assim, espero que não tenha sido muito perceptível no show de hoje à noite”, completou.

Setlist do show em Santiago, Chile

01- Train of Thought
02- The Blue Sky
03- Living a Boy's Adventure Tale
04- And You Tell Me
05- Love is Reason
06- I Dream Myself Alive
07- Here I Stand and Face the Rain
08- Hunting High and Low
09- The Sun Always Shines on TV
10- Take on Me

11- Sycamore Leaves
12- Forest for the Trees
13- You Have What it Takes
14- The Swing of Things
15- Crying in the Rain

16- Scoundrel Days
17- I've Been Losing You
18- The Living Daylights

sexta-feira, 1 de abril de 2022

Turnê do True North será realizada no ano que vem

Foto: Divulgação

O empresário do a-ha, Harald Wiik, participou de um Perguntas & Respostas promovido pelo site oficial da banda. Ele respondeu a vários questionamentos enviados por fãs de todo o mundo. Entre os temas abordados, o empresário confirmou que o novo álbum, True North, previsto para ser lançado em outubro, ganhará uma turnê no ano que vem. Falou ainda sobre a nova parceria com a Sony Music e revelou também que os álbuns Analogue (2005) e Foot of the Mountain (2009) ganharão edições especiais. Confira abaixo as melhores perguntas. 

Haverá também uma turnê do True North? [Søren Kreilgaard - Copenhagen, Dinamarca]

Há uma turnê sendo preparada para o verão de 2023. Espero que a Filarmônica do Ártico se junte a nós em alguns dos shows.

O que você espera e o que devemos esperar da nova colaboração com a Sony Music? [Annalisa Maurantonio - Roma, Itália]

O diálogo tem sido muito bom até agora, e gostei de conhecer uma equipe muito boa e uma estrutura interessante.

As grandes gravadoras têm muitas semelhanças, no entanto. É tudo sobre as pessoas, e felizmente temos Markus Hartmann no comando da Sony também, que trabalha com o a-ha desde 2000.

O lançamento será diferente de um álbum normal, já que temos o filme True North completo para apresentar. Brilhantemente dirigido por Stian Andersen. Não é muito amigável com as mídias sociais, o que é uma grande vantagem!

O show no Hollywood Bowl será gravado e lançado como álbum ao vivo em DVD/Blu-ray? [Morten Øvestad - Noruega]

Esses shows são sempre gravados e filmados. Se possível, seria ótimo lançar em DVD/Blu-ray ou através de um serviço de streaming.

Foto: @osoaguilo/Twitter/Reprodução

Existem planos para mais edições de luxo de álbuns anteriores (Analogue, Foot of the Mountain)? [Joanna Kowalska]

Sim. Muita coisa. Um box de vinil dos primeiros cinco álbuns, bem como uma edição super de luxo com seis discos do Hunting High and Low está sendo preparada. Também estamos trabalhando em edições de luxo do Analogue e do Foot of the Mountain.

Existem planos para um lançamento em vinil do Analogue e reedições em vinil do Memorial Beach e do Foot of the Mountain em um futuro próximo? [Marco J]

Sim. Veja acima.

Como você definiria seu trabalho com uma banda dividida entre ambições contraditórias? [Emanuel Reimond]

Não acho suas ambições tão contraditórias. Eles simplesmente nem sempre concordam em como conduzi-las.

Você se arrepende especificamente de oportunidades perdidas - em um nível artístico? [Emanuel Reimond]

Sempre há oportunidades perdidas com o a-ha. É por isso que há uma demanda tão grande e uma ótima posição de barganha para mim.

Como é ser empresário do a-ha? É emocionante? [Brianna Leneski]

É como fazer parte da tripulação do submarino em 'Viagem Fantástica'.

Foto: Diego Hernán Armesto/Twitter/Reprodução

Apenas uma pergunta geral sobre as intenções futuras de longo prazo da banda, isto é, eles têm alguma ideia de quanto tempo pretendem permanecer juntos? [Ken Harris, Reino Unido]

Se eles tivessem, seria alterado.

As bandas continuam se separando e depois voltando. Percebo que no passado o a-ha sentiu uma forte necessidade de parar, mas então, depois de algum tempo de reflexão, decidiu que ainda gosta de compor e se apresentar e reverteu isso. Existe algum momento certo para uma banda parar? [Ken Harris, Reino Unido]

Quando você faz um álbum perfeito.

Qual parte do seu trabalho é mais desafiadora nos negócios diários sendo o empresário do a-ha? [Frauke Linge, Alemanha]

Continuar ouvindo a lista interminável de novas versões de Take On Me.

A banda está animada para visitar o México pela primeira vez? Quais são as expectativas deles em relação aos fãs mexicanos? E eles vão visitar lugares turísticos no México como as pirâmides? Estamos muito ansiosos para recebê-los! [Jéssica Lizarraga]

Muito! A Cidade do México sempre pareceu um lugar enorme e mítico e pelos números de streaming parece haver muito amor pelo a-ha no México. Além disso, os caras levaram 37 anos para chegar lá, estamos esperando alguns fãs muito apaixonados! Não há tempo para atrações turísticas, infelizmente.