Foto: Pedro Serapio/Gazeta do Povo |
O site oficial do a-ha publicou a segunda parte do "Perguntas e Respostas" realizado com Paul no último domingo (29). “Ele foi muito legal ao voltar mais tarde às perguntas e responder mais algumas delas”, escreveu o site. Nesta continuação do bate-papo, Paul falou qual foi a canção mais difícil de compor, por que a banda nunca fez um acústico e por que o repertório dos shows atuais não prioriza músicas dos anos 2000, entre outros temas. O guitarrista anunciou também que o a-ha está trabalhando na edição especial (deluxe) do álbum Minor Earth Major Sky, que no mês de julho completou 15 anos.
Por que vocês nunca tocaram Waiting for Her ao vivo?
Nosso problema é que preenchíamos muito rápido o setlist com músicas que achávamos que tínhamos que tocar, deixando pouco espaço para tocar coisas legais como essa (Waiting for Her).
Como você decide se uma música que você escreve combina mais com o a-ha, o Savoy ou ambos? É depois que a canção é finalizada, antes ou durante o processo de composição?
Frequentemente eu faço diferentes versões de uma mesma música, e cada versão terá algo único. Pode ser difícil decidir qual é a 'melhor'. Se puder, vou testando as músicas em diferentes campos para ver como elas ficam.
Foto: Valquir Aureliano/Bem Paraná |
Você testemunhou o 11 de Setembro e eu fiquei me perguntando se você já escreveu algo a respeito e, se não, por quê? Muito traumático?
Quando eu era adolescente, tentei escrever uma ópera rock sobre um terrível terremoto na Guatemala, e que acabou sendo a pior coisa que eu já tinha escrito. Você usa um lado diferente de seu cérebro com esse tipo de coisa. Músicas mais políticas aparecem de tempos em tempos, mas elas nunca vão aparecer no a-ha.
Você acha que está ficando mais difícil trabalhar junto no a-ha ou mais fácil? No álbum Cast In Steel, vocês parecem ter achado mais fácil trabalhar separadamente. Então podemos esperar por mais álbuns dessa forma?
Haha. Sempre difícil. Quando você acha que alcançamos nosso limite de loucura, sempre há outro nível a alcançar.
O livro The Swing of Things nos contou como Summer Moved On se tornou um single do a-ha ao invés de Man in the Park. Desde então, estou obcecado pela ideia de como seria na versão Waaktaar. Será que algum dia ouviremos você cantar Summer Moved On? Você consideraria fazer isso como uma faixa bônus?
Estamos trabalhando na versão deluxe do Minor Earth Major Sky e uma das faixas que pode estar no álbum é uma demo que fiz de Summer Moved On para mostrar a Morten e Magne, comigo cantarolando e uma letra ainda incompleta.
Foto: Pri Oliveira/Cwb Live |
Como você e os outros membros do a-ha decidem que músicas devem ficar de fora dos álbuns? Eu simplesmente adoro as canções "rejeitadas", como Differences e Case Closed on Silver Shore.
Você nunca sabe. Atualmente nós apenas votamos nas músicas... e a gravadora também se envolve... e várias outras pessoas se envolvem... e vai e volta. E é assim.
Você já considerou fazer um show do álbum Fakkeltog com a formação original dos Bridges? Ainda continua sendo um álbum fantástico.
Levaria um bom tempo para aprender todas aquelas partes complexas. Não tenho certeza se teríamos paciência.
Para você, qual foi a música mais difícil de compor?
You Are the One seria uma delas. Ela parece simples, mas há muitos acordes. Por muito tempo eu não consegui descobrir como voltar à nota original que uma vez eu tinha feito entre um verso e um refrão. Eu sempre terminava em uma parte completamente diferente.
Foto: Pri Oliveira/Cwb Live |
Você já pensou em fazer um acústico?
Isso tem sido discutido ao longo do tempo. Ainda não há planos concretos.
Gostaria de saber quantas guitarras você tem em sua coleção?
Cerca de 80, sendo 40 delas fantásticas. Uma loucura.
Lauren é sempre a musa de suas canções?
Eu diria que sim.
Nos shows vocês tocam mais músicas antigas do a-ha e menos músicas dos anos 2000 em diante. Você diria que os primeiros anos da banda foram mais importantes ou que os fãs têm uma relação maior com essas canções?
Tocamos muitas delas (dos anos 2000) até a turnê do Analogue. Depois disso, mudamos a banda de apoio e começamos a incorporar mais elementos programados no som, o que significa que ficou mais difícil experimentar coisas mais espontâneas durante nossos shows. As coisas ficaram um pouco rígidas.
Foto: Pri Oliveira/Cwb Live |
Como você se sentiu agora, quando tocou no Rock in Rio em frente a milhões de pessoas molhadas? Sentiu-se diferente de 30 anos atrás ou sentiu-se do mesmo jeito?
A chuva foi alucinante, mas nós realmente não nos preocupamos com ela. Esquecemos tudo depois de algumas músicas. Tivemos uma noite incrível! O primeiro Rock in Rio foi mais selvagem. As coisas foram menos organizadas, havia menos segurança e tinha uma atmosfera explosiva com todas aquelas pessoas espremidas.
O que deixa você estressado em uma turnê?
M e M, nessa ordem.
Qual foi a inspiração para escrever Hunting High and Low e onde teve a brilhante ideia de fazer mudanças no acorde, mais precisamente Fm D# e Cm?
Deparei-me com esse verso sem ter um instrumento por perto. Então, cantei a melodia primeiro em um gravador, assim eu não a perderia, e depois peguei um violão para ver que acordes poderia ter. Sempre me surpreendo quando escuto versões cover dessa música, pois sempre mudam esse acorde. É a minha parte favorita.
Foto: Pri Oliveira/Cwb Live |
Quais são suas músicas favoritas do a-ha escritas por Morten e Magne?
De Magne eu sempre adorei Lamb to the Slaughter, Lifelines, I Wish I Cared, Cosy Prisons, Dragonfly, etc. E eu não sei por que não gravamos pra valer Trees Will Not Grow on Sand. De Morten eu gosto de To Let You Win, só pra começar.
Nós sempre vemos você com a sua guitarra. Qual é o maior tempo que você passa sem tocar uma?
Não mais que um ou dois dias. Eu realmente devia passar mais tempo no piano.
Um comentário:
Muito legal esta entrevista do Pal. Parabéns aos fãs que participaram.
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