Foto: Stephan Solon/Move Concerts |
Paul respondeu no último domingo (29) a perguntas de fãs na página oficial do a-ha no Facebook. O guitarrista falou, entre outros temas, que a banda ainda não tem nada programado após o fim da turnê, no dia 1º de maio de 2016, e que é um desejo dele tocar novamente nos EUA. Ele afirmou ainda que uma nova versão de Cast In Steel está para ser lançada, o que leva a crer que a música seja o próximo single do disco. Confira abaixo as melhores perguntas e respostas do bate-papo.
Gostaria de saber sua opinião sobre os shows no Brasil.
Acho que todos nós tivemos um momento incrível na recente turnê pela América do Sul. Fiquei feliz com a forma como os shows ocorreram e a mixagem do som. O público como sempre foi incrível. Eles fazem a turnê.
Vocês planejam continuar a turnê e estendê-la até a América do Sul novamente?
Até agora não fizemos nenhum plano para depois dos shows, no início do verão.
Existe alguma chance da turnê passar pela América do Norte? Vocês têm muitos seguidores nos EUA, ao contrário do que se pensa.
É algo que eu sempre peço. Realmente espero que possamos encontrar tempo para isso.
Foto: Just Loomis |
O repertório dos shows será diferente na Europa, com outros álbuns ganhando mais atenção?
Espero que a gente tenha a oportunidade de incluir mais músicas de todos os álbuns.
Para você, como seria um setlist perfeito do a-ha?
O ideal pra mim seria ter um setlist diferente para cada show, mas é difícil fazer tecnicamente.
Ter trabalhado novamente com Alan Tarney lhe permitiu explorar mais uma vez o lado "mais obscuro" do som do a-ha?
Sim, foi legal. Eu enviei a Alan cerca de 10 músicas e esperava que ele fosse logo para as músicas mais pop. Mas as primeiras canções que ele quis trabalhar foram Goodbye Thompson e Shadow Endeavours. Foi muito bom reencontrá-lo. Ainda é o mesmo cara legal de sempre.
Nós temos uma nova versão a ser lançada, produzida por Steve Osborne, que mostra um lado diferente da música. Eu poderia lhe dizer do que se trata, mas soaria muito pomposo.
Foto: AgNews |
A música Goodbye Thompson é sobre o quê?
Rua Thompson. Fica no Soho, em Nova York. Passei por uma loja que tinha uma grande placa na janela dizendo Goodbye Thompson e eu tirei de lá.
A letra de Door Ajar é intensa. Como essa música surgiu?
Essa foi uma daquelas músicas que você teve a sorte de ter a letra ao mesmo tempo que tem a melodia. Normalmente a melodia vem primeiro e eu levo um bom tempo para ter a letra. Então, respondendo à sua pergunta, não sei ao certo como essa música surgiu.
Existe alguma chance de o a-ha tocar o East of the Sun e o Memorial Beach na íntegra, como ocorreu com o Hunting High and Low e o Scoundrel Days?
Seria legal. Eu realmente adoro tocar um álbum do início ao fim, pois nos obriga a sair da nossa habitual lista de músicas que temos sempre que tocar.
Gostaria de agradecer a você, Mags e Morten pelas edições especiais do East of the Sun, Stay on These Roads e Memorial Beach. Poder ouvir as demos ou versões alternativas foi como nos presentear com novos álbuns.
Foi um processo divertido desenterrar antigas gravações e demos e sair com todos esses novos lançamentos. Enviei para Bill Inglot, da Rhino Records, minhas velhas pilhas de cassetes e fitas para ver se havia alguma joia escondida lá. Às vezes você encontra versões bem legais, mas a qualidade está bem ruim.
Foto: Just Loomis |
É por tentativa e erro. Para um monte de coisas que experimentamos para um álbum do a-ha, eu acho que fiz umas 10 ou 12 com Morten e 6 terminaram no disco. Depende do que Magne e Morten acham das músicas.
Como Scoundrel Days surgiu como uma música? E qual a relação dela com This Alone is Love?
Scoundrel Days realmente é a junção de duas músicas. O verso veio de uma canção dos Bridges, chamada The Leap, e o refrão veio de uma faixa muito ambiciosa que chamamos de Bergman Suite.
Quando você irá lançar o novo álbum do Savoy?
O disco está a caminho e nossa intenção é lançá-lo no verão.
Você tem planos de sair em turnê com o Savoy?
Eu adoraria fazer uma (turnê). Festivais, coisas do tipo.
Quando veremos o lançamento do seu álbum Waaktaar?
Antes de lançar o disco do Savoy, eu quero lançar um álbum que fiz junto com a fantástica artista chamada Zoe Gnecco.
Foto: AgNews |
Há alguma chance de ouvirmos o segundo LP dos Bridges/Poem na íntegra?
Essa é a pergunta que Viggo Bondi, o baixista, me faz pelo menos uma vez por ano. Eu acho que a hora está próxima.
Você estudou em uma escola de música? Como aprendeu a tocar guitarra, compor melodias e letras?
Eu fui a uma (escola de música) depois do colégio. Um dos meus professores me ensinava uma vez por semana. Costumávamos tocar Hang Down your Head Tom Dooley.
Você já sonhou com uma música e depois escreveu a letra e/ou a melodia?
Sim. Como o verso de Hunting High and Low, que escrevi meio adormecido. Fiquei pensando se eu iria me lembrar do verso pela manhã ou se deveria me levantar e gravá-lo. Levantei e gravei.
Tem alguma música que você realmente gosta de ouvir, mas que nunca faria um cover porque sente que não faria justiça à versão original?
Nós nunca fizemos cover. Sempre fizemos nossas próprias músicas desde o primeiro dia, embora eu ache que é algo importante para as bandas. Não é algo que temos feito, exceto por Crying in the Rain.
Reprodução de vídeo/Just Loomis |
Ouvi falar que o seu sobrenome (Waaktaar) tem origem holandesa. Significa "Watcher". É isso mesmo? Você tem avós holandeses?
Não é holandês, é norueguês. É a junção de Vaake, que significa "to watch" (ver, observar, olhar), e Tor, um nome de garoto.
Que música de outra banda você ouviu e pensou: “Droga, eu queria ter escrito isso”?
Muita coisa. Basicamente toda música que eu adoro eu queria ter escrito. É uma lista grande.
Que tipo de música ou artista você ouve enquanto descansa em casa?
Ultimamente tenho escutado The War on Drugs.
Um comentário:
Uma entrevista a partir de perguntas de fãs é imensamente melhor do que a de jornalistas mal informados.
Postar um comentário